A atriz Taís Araújo, intérprete de Raquel em "Vale Tudo", revelou frustração com a nova reviravolta na vida da personagem. Na trama das nove da TV Globo, a protagonista perdeu tudo em novo golpe de Odete Roitman (Débora Bloch) e voltou a vender sanduíches na praia.

Em entrevista à Quem, a atriz revelou ter se frustrado quando recebeu os capítulos da queda de Raquel por acreditar que a personagem só subiria na vida e não teria mais um retrocesso na trama.
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"Esse momento da Raquel voltar a vender sanduíche na praia, confesso que recebi com um susto. Porque não era a trama original. Então, para mim, a Raquel ia numa curva ascendente. Quando vi aquilo, falei: 'Ué, vai voltar para a praia, gente'. Aí eu entendi e também falei: 'OK, mas ela está escrevendo uma parte da história'. Vamos embora fazer", explicou.
A famosa também afirmou que gostaria de ver uma história diferente nas telas, com uma mulher poderosa e em ascensão como na primeira versão. "Também tinha a esperança disso e gostaria muito de vê-la assim. Como mulher negra, como artista negra, de ver uma outra narrativa sobre mulheres negras", comentou.

Taís Araújo revela frustração com retrocesso de Raquel em "Vale Tudo".
"Quando peguei a Raquel para fazer, falei: 'Cara, a narrativa dessa mulher é a cara do Brasil. E ela vai ter uma ascensão social a partir do trabalho. Vai ser linda e ela vai ascender e ela vai permanecer'. Isso vai ser uma narrativa muito nova do que a gente vê sobre representação da mulher negra na teledramaturgia brasileira. Quando vejo que isso não aconteceu, como uma artista que quer contar uma nova narrativa de país, e a dramaturgia proporciona isso, confesso que fico triste e frustrada", desabafou a atriz.
Apesar da frustração, Taís Araújo elogiou a garra da personagem e afirmou ter feito o melhor trabalho possível para passar a imagem da Raquel batalhadora.

"E com respeito enorme a todas as mulheres que Raquel representa, vou até o final defender essa personagem porque acredito nessa mulher. Acredito nessa mulher negra que trabalha para manter uma família, que acende socialmente, que se dedica, que é uma mulher séria, capaz, competente", disse.
"Ela não ia ficar chorando, ela ia levantar e trabalhar. É o que as mulheres desse país fazem. As que estão na base da pirâmide. Elas levantam e são bravas, são valentes, são corajosas, elas vão trabalhar. Eu gostaria muito que a Raquel tivesse uma curva ascendente, poderosa, que a batalha dela fosse outra e não a batalha pela sobrevivência", encerrou.
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