O projeto “Cena, Som & Fúria”, que reúne extensa programação de teatro com obras que abordam a musilidade no espaço cênico, encerra a mostra “Cena & Som” com dois trabalhos solísticos de duas artistas baianas, pesquisadoras do teatro, da dança e da performance, com interesse central na voz como expressão cênica.Os espetáculos “Ópera Nuda”, solo de dança apresentado por Isaura Tupiniquim, e “Ofélia: sete saltos para se afogar”, releitura de Shakespeare pela atriz Raiça Bomfim, se apresentam dias 20 e 21 de outubro, no Teatro Gregório de Mattos, a partir das 19h, com ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).A mostra “Cena & Som” reuniu espetáculos selecionados através de convocatória pública, ganhando cachê e apoio para apresentação. Já passaram pelo projeto as obras “Na Bahia de SmeTAK” (Balé Jovem de Salvador), “Vulcanidades” (Lívia Nery) e “O Jardim de Humberto Porto” (Thiago Pondé).
Em “Ópera Nuda”, o solo de dança é apresentado pela artista e mestre em Dança, Isaura Tupiniquim. Isaura tem no currículo participações em importantes festivais como o VIVADANÇA, além de participações em filmes como o premiado “Depois da Chuva” (2012), “Inconsequências” (2010) e “Tropycaos” (2014). “Ópera Nuda” é uma performance criada na relação entre voz e movimento.A partir da noção de personagens mínimos em série e da emissão vocal, o trabalho propõe uma corporalidade “criada em tempo real”, compondo variações entre a plasticidade pop, a assepsia, o excesso e a banalização da violência, caracterizando-se como uma ode tarantinesca adaptável a diversos ambientes.
Já em “Ofélia: sete saltos para se afogar”, a atriz Raiça Bomfim apresenta uma releitura de uma das mais famosas personagens de Shakespeare, Ofélia, personagem da tragédia “Hamlet”. O espetáculo é tecido numa escritura autoral inspirada pelos signos, crises e metáforas abarcados na figura da afogada.A montagem conta com cenografia de Erick Saboya, vencedor do Prêmio Categoria Especial do Braskem de Teatro, assinando a cenografia, direção musical do paulistano André Oliveira e iluminação de Ana Antar.
A equipe conta ainda com Felipe Benevides na preparação corporal e Lucas Moreira na criação gráfica. Raiça, além da atuação, assina a concepção e dramaturgia do espetáculo. A realização é da Gameleira Artes Integradas, território de articulação de criações artísticas conduzido pelas artistas e produtoras Olga Lamas e Raiça Bomfim.Em formato solo, o espetáculo convida o espectador a mergulhar no universo da personagem em uma perspectiva feminista e contemporânea.
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