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40 anos de literatura: a história de Gláucia Lemos, a homenageada

Mesa com a escritora foi realizada na noite deste sábado (26) e contou com a mediação do jornalista Carlos Ribeiro

Redação iBahia • 26/10/2019 às 21:47 • Atualizada em 27/08/2022 às 19:30 - há XX semanas

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Quem poderia imaginar que os primeiros versos de uma menininha de nove anos, que queria fazer uma homenagem para uma boneca, poderiam caminhar para uma mulher com 40 anos de literatura? Isso aconteceu e o início da trajetória de Gláucia Lemos, a homenageada da nona edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira, onde a mulher se apresentou como destaque em toda a programação, com a curadora de Kátia Borges.

Durante a nona mesa "Contemplação, criação e mergulhos" realizada na noite deste sábado (26), mediada pelo jornalista Carlos Ribeiro, Gláucia Lemos deu alguns detalhes da sua íntima ligação com a literatura, do seu processo criativo e da sua trajetória profissional.

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"Escrever para mim é como escovar os dentes todos os dias. Desde criança, eu preferia ler do que brincar. Isso em dava e me dá alegria", disse a escritora.

Gláucia explicou que, grande parte das referências da sua veia surrealista, vieram de histórias que ouvia enquanto era menina e povoavam o seu subconsciente. "Quando a gente não tem solução, a gente inventa e eu sempre criava essas soluções surrealistas. Não há explicações para as coisas que a gente cria".

A escritora revelou que contou com uma dose de sorte em sua trajetória profissional, quando teve o seu livro publicado, mas que também possui uma grande dose de autocrítica.

"Eu escrevo um texto e deixo ele esfriar para, depois de 15 dias, ler ele novamente e fazer uma autocrítica. Só assim consigo ver o que preciso melhorar. Leio o texto em voz alta, pois levo muito em consideração o ritmo, ele ajuda muito a gente a gostar de um escrito", explicou.

Durante a mesa, Gláucia relatou que a referência para os livros infantis que publicou veio dos netos e reforçou a importância da família e da escrita em sua vida . "Eu vivo do amor da minha família que dou e que recebo, mas a literatura é a minha razão de viver. Pelo amor de deus não me tire a literatura porque, se isso acontecer, eu não posso sobreviver", pontuou.


Biografia

Gláucia Lemos é baiana de Salvador. Tomou posse na Academia de Letras da Bahia desde 2010. Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal) e pós-graduada em Crítica de Arte pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização em Estética. Também estudou música e arte e lecionou História da Arte e Estética na Escola de Belas Artes de Maceió, Alagoas.

No jornalismo, foi colunista do mensário A Bahia e também colaborou com o jornal A Tarde, o Diário de Notícias, Jornal da Cidade, Gazeta de Alagoas, Jornal da Crítica e Tribuna da Bahia, sempre com ensaios, resenhas, artigos e matérias literárias.

Publicou o primeiro livro de contos em 1979, Era uma vez uma rosa que virou mulher, também ilustrado pela autora, em edição da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Desde então, já são 35 títulos, 21 deles infanto-juvenis, que a projetaram como uma das principais autoras do gênero na literatura brasileira.

Em sua obra também consta outros livros de contos, antologias, novelas, ensaios, poemas, poesias infantis e quatro romances premiados. Em 2013 publicou seu livro “Marce”, pela Solisluna Editora. Além da Academia de Letras da Bahia, é filiada à União Brasileira de Escritores (UBE-SP) e ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB).

Curadora da Flica 2019, Kátia Borges explica a escolha de Gláucia Lemos como homenageada. "É uma homenagem a todos os autores baianos. Por sua versatilidade, talento e persistência, ela representa a literatura em nosso Estado. O fato de ela estar completando 40 anos em atividade literária ininterrupta, atuando em diversas vertentes, da prosa à poesia, é a prova do acerto dessa escolha, já que nós desconhecíamos essa feliz coincidência ao pensarmos nela como autora homenageada da Flica 2019".

Mesa 9 - "Contemplação, criação e mergulhos":

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