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Braskem: investir em inovação traz excelentes resultados

Presidente da empresa baiana afirma que existe possibilidade de construir uma plataforma de plástico verde no Estado

• 25/08/2011 às 13:48 • Atualizada em 27/08/2022 às 6:59 - há XX semanas

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Se a receita é investir em inovação tecnológica para ter competitividade e sustentabilidade, a Braskem – terceira maior petroquímica do mundo e instalada no Pólo Petroquímico de Camaçari (Região Metropolitana de Salvador) – está no caminho certo. Pelo menos é o que afirmou o presidente da empresa, Carlos Fadigas, no segundo dia do Agenda Bahia, realizado na manhã desta quarta-feira (24), no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no Stiep.Segundo Fadigas, a empresa baiana – como ele mesmo ressaltou durante toda a palestra “Química Sustentável” – possui o Centro Tecnológico e Inovação, com unidades em Triunfo, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e nos Estados Unidos, que é “considerado o maior e mais moderno complexo de pesquisa do setor na América Latina”. A Braskem possui 35 unidades industriais, 28 no Brasil, cinco nos EUA e duas recém adquiridas (na semana passada) na Alemanha. “Crescemos como uma empresa regional e hoje somos internacionais, já estamos no mercado europeu. O nosso objetivo, como deixamos claro na declaração feita quando a empresa foi criada em 2002, é ser solução da sustentabilidade, ou seja, ser um impacto favorável e contribuir para soluções dos problemas do futuro”. De acordo com o presidente da Braskem, a empresa pretende, até 2020, se tornar líder mundial na área de química sustentável. “Desenvolver novas soluções que atendam o bem-estar das pessoas e o respeito ao ambiente exige esforço em inovação. E o objetivo da Braskem é ofertar produtos químicos que satisfaçam as necessidades da sociedade moderna, considerando o equilíbrio entre os impactos econômicos, sociais e ambientais de sua cadeia produtiva”.Conforme Fadigas, 12% da receita com avenda de resinas em 2009 foi obtida com produtos lançados nos últimos três anos pela empresa. “Isso significa que investir em inovação traz excelentes resultados. No ano passado, em relação a 2009, conseguimos reduzir os acidentes de trabalho em 79%, a geração de resíduos em 62%, a geração de efluentes em 36% e o consumo de energia em 10%”. Além disso, ele afirmou que, a partir de 2013, a Braskem irá trabalhar com mais uma fonte de matéria-prima. Para produzir o polietileno verde (plástico verde), a empresa utiliza o etanol da cana-de-açúcar e passará também a usar nafta (sub-produto do petróleo) produzida a partir do plástico reciclado pós-consumo, cujo produto será fornecido pelo grupo Neonergia – a empresa pretende montar em Salvador a sua primeira usina de reciclagem avançada.Quanto à possibilidade de construir uma plataforma de plástico verde na Bahia, o presidente da Braskem afirmou que “existe esta possibilidade, mas a discussão com o governo do Estado ainda é embrionária”. DebateApós as três palestras, foi realizado o debate “Como a inovação pode transformar a economia da Bahia e do país”. Com mediação do vice-presidente da Fieb, Reinaldo Sampaio, participaram da mesa os três palestrantes, além da diretora de Fortalecimento Tecnológico da Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), e do superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e coordenador do Fórum de Inovação da Fieb, Armando Neto. Durante o debate, o gerente-executivo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras, Carlos Tadeu da Costa Fraga, afirmou que o Brasil tem avançado na elaboração de políticas públicas na área de inovação e sustentabilidade, mas chamou a atenção de que elas devem chegar também para o processo produtivo. Na mesma linha, Armando Neto defendeu a inovação nas pequenas e médias empresas. Já o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, destacou a importância de se preparar profissionais da área com visão da gestão sustentável. “A Braskem tem hoje um programa de estágios e de trainnee e mantemos o diálogo com diversas frentes”, ressaltou Fadigas, completando ainda que é necessário cada vez mais dar apoio a outras empresas no desenvolvimento de produtos, como o Programa Vision, da Braskem. Questionado sobre como avançar diante da enorme burocratização dos processos e da padronização versus inovação, o presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras (Anpei), Carlos Eduardo Calmanovici, declarou ser contrário a qualquer tipo de norma para inovação. “Quem valida a inovação é o mercado. Normas para definir o que é ou não inovação não existe, a validação é feita pelo mercado. O que está sendo discutido no âmbito da ABNT é a proposta de se criar um guia, contendo a taxonomia, ou seja, a padronização da linguagem”.

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