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Em debate da Record, Levy Fidelix associa gays à pedofilia

Corrupção, privatização da Petrobras e casamento homoafetivos foram temas discutidos

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29/09/2014 às 8:46 • Atualizada em 30/08/2022 às 22:53 - há XX semanas
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O penúltimo debate presidencial foi realizado na noite de domingo (28) pela Tv Record. Dilma Roussef (PT) foi o alvo preferencial dos outros candidatos, sobretudo, quando o assunto era o escândalo que envolve a Petrobras. Seguindo as regras do debate, houve duas rodadas de perguntas entre os candidatos em cada bloco. A organização foi acionada quatro vezes pela equipe de campanha da Dilma (PT) e uma vez pela equipe de Marina (PSB) para conceder direito de resposta. Dos quatro pedidos a petista só teve o direito a um deles. Marina (PSB) e Aécio (PSDB) discutiram sobre a possibilidade de renovação da matriz energética do país e a candidata do PSB criticou o que chamou de "improviso do apagão" durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Na tréplica, Aécio disse concordar com Marina a respeito da renovação da matriz energética, mas afirmou que era preciso fazer "justiça a FHC". Na sequência, o candidato do PSDB disse que o desafio, no período citado, era "domar a inflação" e que houve essa luta enquanto Marina participava do PT.
O tema corrupção foi associado ao escândalo que envolve a Petrobras e Aécio aproveitou para atacar. "Infelizmente, nossas empresas públicas foram tomadas por um grupo político que as utiliza para se manter no poder. A cada debate, há uma nova denúncia sobre a Petrobras", disse. Em reposta, Dilma retrucou. " O senhor assumiria o compromisso de não colocar a privatização da Petrobras no radar?", disse. Na resposta, Aécio afirmou que, se caso eleito, não iria privatizá-la, mas tirá-la de um grupo político. Levy Fidelix, Gays e Homofobia As declarações do candidato Levy Fidelix (PRTB) foram o grande mote de discussões na noite do domingo (28). Fidelix associou a homossexualidade com pedofilia e afirmou que gays precisam de atendimento psicológico "bem longe daqui". As declarações foram dadas após pergunta da candidata Luciana Genro (PSOL), que citou a violência a que a população LGBT é submetida e indagou Levy sobre os motivos pelos quais os que "defendem a família se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo." "Aparelho excretor não reproduz (...) Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar", afirmou. Genro (PSOL) defendeu o casamento igualitário como alternativa para reduzir a violência contra a população LGBT. Na tréplica, Levy falou sobre enfrentamento. "Luciana, você já imaginou? O Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para 100 [milhões]. Vai para a avenida Paulista, anda lá e vê. É feio o negócio, né? Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer que sou pai, uma mãe, vovô, e o mais importante, é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá", disse.

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