Em entrevista ao iBahia, o cientista político Joviniano Neto atribui a mudança de perfil do resultado da pesquisa Ibope divulgada no final da tarde deste domingo (5), a hipóteses distintas. De acordo com o Joviniano, existe uma "tradição do Ibope não acertar pesquisas na Bahia" por adotar uma metodologia de pesquisa que não alcança bairros populares. "O Ibope, geralmente, ouve bairros tradicionais. O instituto privilegia sempre os locais de fácil acesso, onde é mais fácil chegar", analisa. Ainda segundo o professor, existe um comportamento do eleitor de "responder às pesquisas tendo em vista aquilo que ele acredita que o entrevistador quer ouvir e que não necessariamente em quem ele vai votar". Crescimento de Rui Costa Quanto ao crescimento do candidato do PT durante a apuração na noite deste domingo (5), o pesquisador acredita que houve um "esforço de campanha fundamental para torná-lo conhecido", diferente da campanha de Paulo Souto (DEM), político conhecido no cenário do eleitorado baiano. " Tínhamos um candidato conhecido (Paulo Souto) que estava na frente e já era conhecido do eleitor na Bahia. E há um candidato que a construção estava sendo feita, com a mobilização muito grande. O grande esforço da campanha foi que ele se tornasse conhecido", aponta. Além da adoção de estratégias de campanha distintas, o cientista político acredita que o apoio de movimentos sociais foi decisivo. " Rui Costa teve muitos apoios. O primeiro da própria Dilma, houve uma estrutura partidária eleitoral com uma quantidade de prefeitos, deputados, cabos eleitorais , movimentos sociais. O movimento sindical tem em Paulo Souto um adversário histórico. Se a pesquisa do Ibope for verdadeira, é muito difícil um candidato que aparece no segundo turno expandir com esse cenário", analisa.
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