O mais belo dos belos inicia o Carnaval 2020 com o tradicional cortejo neste sábado (22), a partir das 20h. A famosa “Saída do Ilê”, no Curuzu, reúne um público numeroso de políticos e personalidades para a cerimônia religiosa presidida pela mãe de santo Hildelice Benta, ialorixá do Terreiro Ilê Axé Jitolu. Na terça-feira (25), o afro ganhará a avenida, desta vez com o ineditismo de desfilar sem cordas, no Circuito Osmar (Campo Grande), como parte da programação da Prefeitura.
O bloco afro mais antigo do Brasil é uma das 110 entidades negras e indígenas contempladas com recursos e suporte da gestão pública municipal para realização de desfiles na folia de Momo deste ano. Além do Ilê, receberam investimentos municipais, por exemplo, blocos como o Malê Debalê, Muzenza, Ilê Ayê, Olodum, Commanches do Pelô, Afro Liberdade, Filhos de Gandhy, Apaches do Tororó, Jogo de Ifá, Alvorada, Índios Tamoios, Apaxes do Tororó, Filhos de Nanã, Corisco, Sambaterramar e Soweto, entre outros
O presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô, explica que a dificuldade de custear o bloco levou à decisão de desfilar apenas dois dias com seus associados e buscar o apoio da Prefeitura para se apresentar um dia sem cordas. Pela primeira vez na história, a entidade deixa de sair com a sua estrutura de bloco na terça-feira de Carnaval, chamando o público se integrar ao seu desfile sem cordas, no Circuito Osmar (Centro).
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O Governo do Estado também patrocina o Ilê Aiyê através da Bahiagás, por mais um ano. Pelo Carnaval Ouro Negro, o Governo apoia outros 48 blocos afros, indígenas, de samba e de reggae.
Ritual
Depois do ritual na Liberdade, neste sábado, e uma vez tendo seus caminhos abençoados, o trio do bloco Ilê Aiyê segue em festa do Curuzu para o Plano Inclinado da Liberdade. De lá, os associados fazem uma pausa até se encontrarem novamente horas depois no Corredor da Vitória, onde a entidade inicia o seu primeiro desfile em circuito oficial, o Osmar, às 2h deste domingo (23), em direção à Praça da Piedade.
Na segunda (24) o Ilê Aiyê levará seu espetáculo cênico-musical para o Circuito Osmar. Comandado pelo som marcante da Band’Aiyê, o bloco sai acompanhado de um cortejo comemorativo ao tema do Carnaval, com destaque para o carro que se transforma em um verdadeiro altar para a recém-eleita Deusa do Ébano 2020, Gleicy Ellen.
A ala de canto do Ilê Aiyê é formada pelos vocalistas Jauncy Oju Bará, Iracema Killianne, Iana Marucha e Juarez Mesquita, que se revezam nos dias de desfile. Neste Carnaval, o cantor Caboclinho, do grupo Movimento, é o convidado do Ilê para integrar os vocais. Cada qual com seu estilo próprio de cantar, eles garantirão a animação do bloco, acompanhados pelos 60 músicos que compõem ala de percussão da luxuosa Band’Aiyê.
Malê Debalê e homenagem a Gil
Quem também ganha às ruas do circuito Osmar, neste sábado (22), é o Malê Debalê que, neste ano, homenageia o cantor Gilberto Gil. Com o tema “Refavelando: Malê retoma a África com Gilberto Gil”, o bloco, que celebra 40 anos de história, desfila ainda no domingo, em Itapuã, local onde fica instalada a sede, e na terça-feira, no Circuito Dodô (Barra Ondina).
Bob Marley é tema do Muzenza
Outra entidade apoiada pela Prefeitura que também inicia o desfile neste sábado (22) é o Muzenza, que ganhará as ruas do Campo Grande. Fundado no bairro da Liberdade e com raízes na popularização do reggae, o bloco traz o tema “Muzenza do Reggae” e fará a justa homenagem ao jamaicano Bob Marley, realizando um tributo durante a passagem pelo circuito. Na segunda-feira (24), o Muzenza desfila no Circuito Dodô (Barra/Ondina).
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Redação iBahia
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