Estamos falando de representantes da elite de um país que tem o primeiro Produto Interno Bruto (PIB) do Oriente Médio, o 14º do planeta. É uma minoria riquíssima em um país com 74 milhões de habitantes. “Essa minoria do Irã é muito endinheirada. São esses que estarão aqui na Copa”, argumenta Xéu. Confira todas as notícias da Copa do Mundo 2014 Os iranianos quem vêm para Salvador vão ficar hospedados nos hotéis mais chiques e badalados da cidade. “Os iranianos querem saber é de conforto. Eles já vêm com os pacotes todos fechadinhos, com tudo pago. Não querem saber de preocupação. Eles não são como os brasileiros que viajam com a cara e a coragem”, explica Valter Xéu. Em visita ao consulado em Teerã, o site Irã News encontrou alguns desses personagens que aqui vão desembarcar. Um deles é Salar, o “típico iraniano que virá à Copa”. “Homem jovem e rico. Num país sob sanções e com moeda valendo metade da cotação em dólar de 2012, são poucos os que podem pagar os US$ 10 mil cobrados pelas agências locais como tarifa mais barata”, escreve o site. Salar, que foi às últimas duas copas com participação do Irã – França 1998 e Alemanha 2006, desembolsou o equivalente a US$ 15 mil por um pacote que inclui bons hotéis no Brasil. Pagou ainda outra pequena fortuna por ingressos para os três jogos do Irã e mais dois da Inglaterra. “Vale a pena. Eu pagaria mais se fosse preciso”, revelou o rapaz ao Irã News.
Salar vem com amigos e sem a esposa. “Ela tem provas na universidade. E isso não me incomoda nem um pouco”, diverte-se. “Eu já disse a ela: ‘primeiro o futebol, depois, você.’”, admitiu. Segundo Valter Xéu, praticamente não existem iranianos morando em Salvador. Os iranianos, diz ele, se concentram principalmente em São Paulo. “Para quem quer fazer negócio, o melhor lugar no país é São Paulo. E os iranianos sabem fazer negócio. Fazem isso há seis mil anos”. Vistos Segundo o site Irã News, nos últimos meses, dezenas de iranianos lotaram a pequena sala de espera do consulado do Brasil, em Teerã, para dar entrada em pedidos de visto para assistir à Copa do Mundo. “Funcionários são obrigados a fazer hora extra e sacrificar feriados para dar conta do salto na demanda. Poucas vezes houve tantos iranianos querendo ir ao Brasil”, diz a publicação. Só para se ter uma ideia, somente entre abril e maio deste ano foram emitidos 872 vistos. Basta ver o número de vistos cedidos no ano passado no mesmo período: 75.
A expectativa é que a Copa do Mundo alavanque o número de iranianos vindo para o Brasil, o que andava em queda nos últimos anos. “Em 2011, o consulado, em Teerã, emitiu cerca de três mil vistos. No ano seguinte, 2.400, e em 2013, por volta de 2.300”, destacou a publicação.
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