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Movimento Tenentista queria derrubar o governo

Apesar da grande importância política, o Tenentismo, não pode ser caracterizado como um movimento social

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20/10/2011 às 14:41 • Atualizada em 31/08/2022 às 11:53 - há XX semanas
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No começo dos anos 1920, as condições de trabalho no Exército brasileiro deixavam os militares descontentes. Armamento, montaria, medicamentos e instrução para a tropa nem sempre era suficiente para todos. Os salários eram baixos. Além desses problemas, os oficiais se mostravam descontentes com a nomeação de Pandiá Calógeras, um civil, para o Ministério da Guerra. A insatisfação era geral, mas os tenentes eram alguns dos que mais se sentiam prejudicados. Havia muitos com a patente mas as promoções eram lentas. A situação se agravara e muito com a política dos governadores, espécie de acordo político entre o Governo federal, o estadual e o municipal que se sustentava no voto de cabresto que era em aberto. Essa política foi instituída no final do século XIX durante presidência do paulista Campos Sales e garantia privilégios políticos para os estados produtores de café (São Paulo e Minas Gerais) e inviabilizava a vitória das oposições nas eleições. As insatisfações se agravaram quando das eleições presidenciais de 1922, onde, por causa de fraudes, o candidato Nilo Peçanha, apoiado pelos militares, em especial os tenentes, perdeu as eleições para Artur Bernardes, candidato da coligação MG-SP. Como consequência, aconteceram diversos levantes militares que, reunidos, ficaram conhecidos como Movimento Tenentista. Os principais movimentos dos anos 1920 foram o Levante do Forte de Copacabana que teve com desmembramento o episódio "dos 18 do Forte", os levantes de 1924 (Coluna Gaúcha e Coluna Paulista) que deram origem à Coluna Miguel-Prestes. Os que participavam dos movimentos queriam derrubar o governo de Artur Bernardes, considerado por eles, como ilegal. Porém, apesar de muitas ações, os militares não possuíam um programa de governo definido, podendo apenas se destacar algumas bandeiras como o voto secreto, a independência do Poder Judiciário e um Estado forte que valorizasse sua força militar, como acontecia em outros países naquela conjuntura. Apesar da grande importância política, o Tenentismo, não pode ser caracterizado como um movimento social. Apesar de ter contribuído para as críticas à “República do café-com-leite” sustentada pelos coronéis, o não se preocupava com melhorias nas condições sociais.

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