Ricardo Freire, publicitário e criador de um dos principais sites de turismo do país, abriu o Agenda Bahia |
“Eles realizaram grandes festejos para os turistas que não tinham ingressos para os jogos. A gente vive o Carnaval em qualquer esquina, nem precisaria de Fan Fest”, defende. Contrao estereótipo da frieza dos alemães, o governo vendeu, paralelamente aos jogos, a ideia de que o país era animado e sabia como receber bem os turistas. “O resultado: o país passou a aparecer entre os dez maiores destinos do mundo já no sanos seguintes“, explica Freire. O efeito do pós-Copa também foi sentido na África do Sul. O número de turistas estrangeiros passou de 10 milhões para 12 milhões, o dobro do que visitou o Brasil no mesmo período. Freire acredita que ainda dá para trabalhar esse espírito de festa com nossos vizinhos, como Argentina e Uruguai. “A Bahia precisa sair na frente e estimular que o povo receba os torcedores estrangeiros bem, sem rivalidades”, sugere. Clique e leia na íntegra a palestra.
BILHETE SEM LIMITE
Entre as soluções para deslanchar o turismono país e que a Bahia pode investir, Ricardo Freire sugere, por exemplo, uma boa conexão de voos com bilhete único. Pela oferta de voos na modalidade ‘airpass’, os turistas poderiam viajar entre as várias cidades-sede com preços mais baratos. “Durante a Copa, a Alemanha lançou um pacote de bilhete aéreo que custava 79 euros e dava direito ao turista viajar ilimitadamente pelo país, além de transporte público gratuito enquanto durou o evento”, conta. O resultado foi que aumentou o número de pernoites nos lugares. Outro exemplo de como divulgar bem um país no mercado internacional é tão velho que, como brinca Freire, até para achar registros no Google é difícil. A campanha Visita A campanha Visit Thailand Year, criada pelo governo tailandês, tornou a ideia de visitar o país do Sudeste Asiático algo que hoje poderia ser chamado de um viral. “Todo mundo quis conhecer a Tailândia, só se ouvia falar disso. O resultado foi que o número de turistas estrangeiros passou de 2,8 milhões em 1986, ano do lançamento, para 5,2 milhões, em 1990”, conta Freire como se tirasse uma lenda do baú. O desafio é tirar o foco da busca internacional pelo tripé Rio-Foz- amazônia, que habita o imaginário estrangeiro.“ Esses lugares podem nem ser os mais conhecidos, mas eles são conhecidos em qualquer lugar.A Bahia tem de brigar para ocupar esse lugar”, diz Freire. O caminho para isso é longo e inclui passar as cidades do Rio de Janeiro, Florianópolis, Foz do Iguaçu, São Paulo e Búzios, destinos campeões de procura, segundo o Ministério do Turismo. Clique e leia na íntegra a palestra.
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