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Caxirolas voltaram (Foto: Divulgação) |
Não, caro leitor, elas não foram eliminadas do mundo. A caxirola sobrevive. O instrumento, que seria o oficial da Copa do Mundo, agora quer emplacar como lembrança do Mundial. Está à venda por R$ 29,90 em diversos sites de compras na internet. A criação de Carlinhos Brown, uma versão “mais moderna” do caxixi e feito com plástico advindo da cana de açúcar, tinha até aprovação da Fifa para ser a versão brasileira da vuvuzela, instrumento oficial da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Mas a torcida do Bahia empenou o baba. Em 28 de abril do ano passado, o Esquadrão perdia do Vitória por 1x0 quando os tricolores protagonizaram uma chuva de caxirolas no gramado da Arena Fonte Nova, em protesto contra a situação do clube na época. Era um ‘jogo-teste’ e o instrumento foi reprovado. Mais tarde, também foi proibido de entrar nos estádios durante a Copa do Mundo, medida que continua valendo. Pouco mais de um ano depois da “Revolta das Caxirolas”, como o evento ficou conhecido, o instrumento voltou como souvenir e ganhou versões com as cores típicas e o selo de cada um dos 32 países da Copa. O Brasil é o único a possuir mais de uma opção (amarela, verde ou azul). O mascote da Copa, Fuleco, também está lá.“Nunca ninguém nos prometeu ou nos garantiu que o instrumento poderia entrar nos estádios. A gente sabia desde o começo que não seria fácil. Entendemos a precaução, pois as ocorrências de violência nos estádios atrapalham bastante”, afirmou ao portal G1 São Paulo Genival Britto, vice-presidente de Negócios da The Marketing Store, empresa que fabrica e distribui a caxirola. De acordo com ele, o produto sempre foi pensado como instrumento, souvenir ou brinquedo.A caxirola também está à venda na página da Fifa e em lojas em aeroportos. “Tudo que a gente coloca na prateleira está sendo vendido. Acreditamos que mais de 90% das vendas vão ocorrer durante os dias de jogos. Mas, mesmo se imaginarmos o pior cenário, o que vendemos até aqui já nos garante lucro”, garante Britto.
Matéria original Correio 24h Proibidas nos estádios, caxirola tenta emplacar como souvenir