Depois do O Rappa, é a vez de o palco principal do Festival de Verão 2015 receber o Encontro dos Sambistas, que reúne Arlindo Cruz, Alcione e Jorge Aragão no mesmo palco, mas não necessariamente ao mesmo tempo. Em entrevista coletiva antes do show, os sambistas falaram sobre o início da carreira.
"Eu sinceramente nunca dei muita sorte de achar o meio dos grandes compositores, para poder gravá-los. Eu sempre escutava vindo de alguém. Sempre foi assim. Minha primeira referência ainda fio Roberto Ribeiro. Eu me lembro que eu ficava com aquela coisa na cabeça: 'eu não sou daqui, marinheiro só'... Então aos poucos eu comecei a ter mais acesso, e eu mandava mal, por que não sabia nem como chegar. Também tive a sorte de alguns compositores chegarem até a mim com as suas músicas", disse Jorge Aragão.
"No meu caso, tem muito a ver com a religião. Todos sabem que eu sou adepto do Candomblé e todo final de Candomblé tem um samba de roda. Então, tive contato com grandes músicos no samba de roda", completou Arlindo Cruz.
Já Alcione contou uma história para ilustrar sua relação com a Bahia desde muito cedo, quando vinha pouco à boa terra. "A primeira vez que eu vi Mãe Menininha do Gantois, que é um grande ícone espiritual que a Bahia tem... A Bahia tem uma história grande na espiritualidade. Na verdade, eu gosto muito da Umbanda, do Candomblé, e milito muito na área do Kardecismo. E tudo tem uma coisa a ver com a outra. A primeira vez que eu vi Mãe Menininha, ela disse: 'Alcione, eu já ouvi o seu canto'. Eu não me esqueço disso. Depois, conheci Araketu, fui madrinha do Araketu também. Já fui na Lavagem do Bonfim... Eram tantos baianos, tantos baianos, que eu não sabia como descer do carro e eles diziam: 'caia por cima de mim, Marrom! Caia por cima de mim (risos)'. Vocês sabem como é esse povo da Bahia. Foi uma festa linda. Vocês tem muita história com a gente, não tem jeito, está entranhado", brincou.
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