Nesta quinta-feira (21), o ex-governador da Bahia, Paulo Souto (DEM), foi o último entre os seis candidatos ao governo do estado a participar da
série de entrevistas da Rádio CBN Salvador. Além das perguntas dos apresentadores Emmerson José e Alex Ferraz, o candidato respondeu questões dos ouvintes e de Osvaldo Lyra, editor de política do jornal Tribuna da Bahia e Raul Monteiro, editor do site Política Livre e também de Sérgio Costa, diretor de redação do jornal Correio*.À frente da coligação "Unidos pela Bahia" (DEM, PSDB, Solidariedade, PTN, PROS, PRB, PSC, PTC, PV, PPS, PRP, PTdoB, PSDC e PHS), o candidato volta ao cenário político estadual, após perder as últimas eleições para o PT, em 2012. Questionado sobre o interesse em ser governador da Bahia, Paulo Souto apontou o "sentimento de transformação da administração pública" e a "exaustão sentida com o
governo do PT" como pontos-chave. Além disso, o candidato falou ainda sobre a importância de melhorar os índices de violência e de saúde do Estado. Com a proposta de fazer uma maior integração entre as secretarias, Souto disse que vai construir o Hospital Regional, na região extremo sul, além de uma nova unidade de saúde.
Apoio Governador da Bahia entre 1995 a 1998 e depois entre 2003 e 2006, Paulo Souto foi questionado se sofreu algum tipo de retaliação no repasse de verbas pelo governo federal durante as suas gestões. "Eu não percebi se fui discriminado, exceto pelo setor da saúde, que eu senti bastante", afirma. Quanto ao apoio do prefeito ACM Neto à sua candidatura e possível convite de secretários para a sua gestão, Souto foi generoso com os elogios. "Essa eleição estadual não teria sido isso sem a vitoriosa administração pública de ACM Neto. É lógico que têm nomes do secretariado de Neto que cabem à gestão estadual, mas não vamos fazer nada que venha prejudicar a administração do prefeito", concluiu. Sobre o
pagamento dos servidores públicos estaduais, Paulo Souto disse que durante as suas gestões como governador, buscou manter o salários-base dos funcionários equiparado ao mínimo. "O aumento salarial foi 25% superior à inflação durante a minha gestão, mas é lógico que precisamos melhorar a vida dos servidores. O governo atual prometeu manter isso, mas só conseguiu no primeiro ano de governo", criticou. Além de criticar a prestação de serviços públicos na gestão do PT, o ex-senador disse lembrou ainda iniciativas de sua gestão passada, como governador e disse que pretende usar a "capacidade de inovação" como estratégia de governo. "Há uma deteriorização dos serviços públicos. Eu sempre fui um governador de inovação. Construímos o SAC, em 2005, um serviço completamente inovador na época, copiado por outros estados e até por países estrangeiros. Fizemos o Bahia Azul, um serviço de saneamento importante para Salvador, além de outros importantes trabalhos de pavimentação, infraestrutura e saneamento para o estado", relembrou.