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Tecnologia transforma roupas em instrumentos para proteção solar

• 30/12/2015 às 23:10 • Atualizada em 27/08/2022 às 4:31 - há XX semanas

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Por Dr. Felipe Góis*Além do filtro solar, as roupas também são uma grande arma para se defender dos raios ultravioleta. No caso das vestimentas, a medição da proteção é dada pelo FPU ou Fator de Proteção Ultravioleta, um similar do FPS dos protetores cosméticos. Ele mede a porcentagem dos raios ultravioleta A e B que ultrapassam o tecido, foi criado pela ARPANSA (Agência Australiana de Proteção à Radiação e Segurança Nuclear). Roupas com FPU 15 e 20 bloqueiam de 93,3% a 95,9% da radiação ultravioleta, oferecendo boa proteção. Roupas com FPU 20, 30 e 35 bloqueiam de 96% a 97,4% da radiação. Ou seja, fornecem muito boa proteção. E roupas com FPU 40, 45 e 50 bloqueiam mais de 97,5% da RUV. Portanto, permitem excelente proteção. Peças com índices abaixo de 93,3% não são consideradas fotoprotetoras.Existem roupas especiais, feitas com tecido de altíssimo FPU, elas surgiram há mais de uma década, na Austrália, onde a preocupação com a exposição ao sol é extrema, já que a incidência de melanoma, um tipo extremamente agressivo de câncer de pele, é muito alta no país. Nessas roupas tecnológicas, o tecido usado é a poliamida. Na hora de confeccionar a fibra usa-se um protetor solar: o dióxido de titânio. Ele se incorpora à fibra e é o responsável pela proteção solar do tecido. Por isso, o FPU é excelente independente da cor do tecido, e isso não se perde nas lavagens. Enquanto a roupa não for danificada, o FPU se mantém. Além de camisetas, encontramos várias outras roupas com essa tecnologia: bonés, viseiras, maiôs, luvas e sombrinhas.No Brasil há marcas nacionais especializadas que oferecem roupas com essa tecnologia. Elas utilizam tecidos nacionais para a confecção, e os enviam para a Austrália para realizar testes de eficiência de FPU, já que aqui ainda não existe uma regulamentação específica que teste e aprove esses produtos.As roupas com proteção solar podem parecer novidade, mas a fotoproteção mecânica, realizada por meio de barreiras como roupas e chapéus, é a forma mais antiga, comum e fácil de se proteger da radiação ultravioleta (RUV), já nos primórdios da era medieval as populações nômades do deserto do Saara já usavam as vestimentas como forma de evitar a exposição solar excessiva. Hoje, no entanto, os efeitos do sol são muito mais preocupantes do que há anos, quando as pessoas não tinham noção de todos os malefícios proporcionados pela radiação emitida pelo astro.Leia também: Da cor do verão: Como garantir seu bronzeado sem abrir mão da saúdeA função protetora dessas roupas tem ação prolongada e está diretamente ligada aos cuidados com a peça. É sempre indicado lavá-las sem o uso de alvejantes químicos, secar a sombra e não guardá-las molhadas para evitar o desgaste do tecido. Também é bom lembrar que a proteção é permanente e não se compromete com lavagens que seguirem as recomendações contidas nas etiquetas. Ou seja, a proteção dura enquanto o produto estiver inteiriço e só será comprometida se a roupa for danificada. Entre os sinais de alerta para danos que comprometam a eficácia do produto estão: puídos, furos, rasgos e desgastes que tornam o tecido mais fino, indicando que o escudo já não está 100%.Mas ATENÇÃO ! Segundo recomendação dermatológica, o uso das peças não dispensa a aplicação do protetor solar nas regiões que estão descobertas.*Dr. Felipe Góis é cirurgião geral da MR Cirurgia Plástica. Instagram: @dr.felipegois

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