Quase 7 mil estudantes que pretendem ingressar em instituições de ensino superior públicas da Bahia poderão ser selecionados através do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2012. No estado, o modo como as instituições fazem uso do exame é diversificado, podendo acontecer em uma única fase ou combinado com o vestibular. O Instituto Federal da Bahia (Ifba) e as Universidades Federais da Bahia (Ufba), do Recôncavo (UFRB) e do Vale do São Francisco (Univasf), além da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) utilizarão o Enem no estado. No caso da Ufba, o Enem é utilizado como único modo de seleção para estudantes que queiram cursar os Bacharelados Interdisciplinares (BI) e Cursos Superiores de Tecnologia (CST) oferecidos pela instituição. Já o Ifba preenche 50% de suas vagas para cursos superiores por meio do Enem. Tendência é ampliar aceitação De acordo com a professora Antônica Caló, diretora do Serviço de Seleção da Ufba, o Enem é uma maneira de fortalecer o Ensino Médio no Brasil, além de tornar o processo seletivo mais democrático. “A Ufba acredita no Enem porque ele exerce o papel que nenhuma prova faz, chegando a qualquer lugar do país”, pontua Caló, lembrando ainda da possibilidade cogitada pela instituição de adotar, em 2013, o Exame na 1ª fase do vestibular. Outra instituição que pretende ampliar a porcentagem de vagas destinadas ao Enem é o Ifba que, atualmente, permite que o candidato faça os dois processos seletivos ao mesmo tempo (vestibular tradicional e Sisu). Segundo a Pró-Reitora de Ensino, Lívia Rocha, cogita-se reservar 100% das vagas do Ifba para o Enem em um futuro próximo. “Queremos que pessoas do Brasil inteiro concorram a vagas no Ifba, não somente a população baiana, e o Enem permite essa maior abrangência”, salienta a Pró-Reitora. A Univasf, universidade que adota o Enem desde o ano em que o mesmo se tornou um processo seletivo, avalia o exame positivamente. De acordo com a diretoria, a Univasf faz uso do Enem como processo seletivo único porque confia na preparação dos alunos que realizam a prova. Para Janet dos Santos, coordenadora de Políticas e Planejamento Estratégico de Ensino de Graduação da Pró-Reitoria de Graduação da UFRB, o Enem tem uma diferenciação social e econômica do vestibular normal: “com ele, é possível ampliar as isenções de taxas e a redução do valor da inscrição, além de favorecer uma maior democratização do acesso em sua questão social”. A coordenadora acredita que a prova unificada beneficiou o Recôncavo: “não é preciso forçar o deslocamento do estudante de sua cidade pra fazer a prova. O exame é feito em mais de 1600 cidades. Facilita muito o acesso ao processo seletivo”. Universidades estaduais Além das instituições federais, algumas universidades estaduais também aderiram ao Enem. Desde o primeiro semestre de 2010, a Universidade Estadual da Bahia (Uneb) reserva cerca de 25% de suas vagas para o Sisu. Já a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) preenche 50% das vagas de cada um dos cursos através deste sistema.
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