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Após atentado, seleção de Togo desiste de Copa Africana

Ônibus da delegação foi metralhado por um grupo separatista. O motorista morreu.

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09/01/2010 às 6:39 • Atualizada em 29/08/2022 às 13:01 - há XX semanas
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adebayorDe acordo com rádio francesa “RMC” e a emissora inglesa "BBC", a seleção do Togo decidiu deixar Angola e não disputar mais a Copa Africana de Nações que começa neste domingo no país. O motivo para o abandono foi o atentado que a delegação togolesa sofreu na última sexta-feira, na província de Cabinda.

O ônibus que transportava a seleção foi metralhado por rebeldes separatistas do FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda). Dois jogadores (Kodjovi Obilalé e Serge Akakpo) saíram baleados, integrantes da comissão técnica também foram feridos e o motorista do veículo morreu. Apesar do incidente, a Confederação Africana de Futebol (CAF) confirmou a realização do torneio.

Segundo a rádio, jogadores e comissão técnica estão indo para o Aeroporto de Luanda para pegar o primeiro voo para Lome, capital do Togo. De acordo com o repórter Russel Fuller, da BBC, representantes da Federação de Futebol de Gana confirmaram que os togoleses estão deixando Angola.

A seleção do Togo está no Grupo B do torneio, cujo os jogos serão disputados em Cabinda (que também receberá uma partida das quartas de final), ao lado de Burkina Faso, Gana e Costa do Marfim. A Federação de Futebol de Togo e nem a organização da CAN confirmaram oficialmente a notícia.

O território de Cabinda é uma das 18 províncias de Angola, mas não pertence fisicamente à área do país. O local fica entre a República Democrática do Congo (ex-Zaire) e a República do Congo. A região é rica em petróleo e é assolada por um conflito separatista desde a independência angolana, em 1975.

Segundo o "Jornal Digital", de Angola, a resistência de Cabinda, denominada FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda), já havia alertado em diversas ocasiões que poderia haver falta de segurança para as equipes que se deslocariam à província durante o torneio. A FLEC assumiu a autoria do atentado às forças militares angolanas que faziam a escolta da seleção de Togo. "A situação de guerra é uma realidade em Cabinda e qualquer estrangeiro poderá ser uma vítima", teriam dito os líderes da FLEC.

Com informações do Globo Esporte

Foto: Reprodução BBC

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