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O Maracanã, lotado, se cala. Em sincronia, toda a torcida brasileira prende a respiração. No contra-ataque, de pé em pé, no famoso estilo tiki-taka, a Espanha avança em velocidade para empatar em 1x1 a final contra o Brasil. É final do 1º tempo. Defesa escancarada, campo aberto, mais de 78 mil pessoas quase enfartando... É com você, David Luiz: “Foi um contra-ataque. Eu não lembro quem pegou a bola no meio. Mata recebeu já na frente. Eu tentei cortar primeiro o passe do Mata. Não consegui. E consegui ter uma leitura muito boa de jogo porque conheço muito Pedro. Eu assisto muito e admiro muito o futebol dele. Sei que ele gosta sempre de tirar quando tá na frente do goleiro. Então sabia que o Júlio César ia tapar o lado da perna direita dele, então fui para a perna esquerda e pude evitar o gol”, narrou o zagueiro da Seleção e do Chelsea, revelado pelo Vitória. De carrinho, David Luiz salvou a Seleção quase em cima da linha - no fim, Brasil 3x0 Espanha, fora o olé. “Um dos melhores momentos da minha carreira”, contou sobre como foi escutar o Maracanã lotado gritar seu nome. “Consegui salvar um gol. Eles têm uma equipe madura, sabem jogar com o resultado atrás. De repente, se igualam naquele momento, a partida poderia mudar. A gente tem muito a crescer, ainda tá criando uma identidade de equipe”, comentou, feliz, embora usando freio de mão nas palavras. O título recoloca o Brasil entre as potências da atualidade, após duas campanhas decepcionantes em mundiais, com quedas nas quartas de final, contra França, em 2006; e Holanda, em 2010. “Claro que quando você passa um período sem ganhar títulos, as pessoas passam a contestar e a ver diferente. Mas a gente demonstrou nosso trabalho todos os dias dentro do campo, respeitando os nossos adversários, mas jogando sempre o nosso futebol. Foi o que a gente tentou”. E conseguiu.
Agenda - A próxima partida da Seleção Brasileira será em 14 de agosto: amistoso contra a Suíça, na Basileia. Em setembro, haverá jogos dia 6, adversário a definir, e dia 10, contra Portugal, em Boston, nos EUA. Outras datas são os dias 11 e 22 de outubro e 15 e 19 de novembro. “Eu não tenho interferência nos amistosos. Isso é uma empresa que faz. Se depender de mim, eu quero jogar sempre contra seleções mais fortes que a minha”, afirmou o técnico Felipão. Matéria original: Jornal Correio*
David Luiz narra como evitou gol de empate da Espanha no Maraca