O Esporte Clube Bahia lançou, na sexta-feira (22), uma campanha contra a cultura do estupro. O vídeo foi divulgado nas redes sociais do time e convida o público a participar do assunto. "O Esporte Clube Bahia levanta sua voz contra a cultura do estupro e convida o mundo do futebol a ingressar nesse debate", diz a publicação. Veja:
O Esporte Clube Bahia levanta sua voz contra a cultura do estupro e convida o mundo do futebol a ingressar nesse debate.
— Esporte Clube Bahia (@ecbahia) March 22, 2024
A culpa é sua, o corpo não.#MêsDaMulher #BahiaClubeDoPovo #BBMP
🎥: @PisSantos https://t.co/XuO8RZv7xk pic.twitter.com/AnbN4aq8O4
A campanha do Bahia é uma resposta a um texto compartilhado pelo próprio time no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. A publicação falava sobre o índice de estupros a mulheres no Brasil.
Leia mais:
Esporte Clube Bahia e as mulheres
Desde o início do mês, o Bahia vem realizando ações em defesa das mulheres. Nas partidas contra Jequié e Vitória, o clube homenageou as mulheres com bandeiras personalizadas no bandeirinha de escanteio.
No vídeo da campanha, diversas falas e pensamentos machistas são jogados em cima de uma atriz que está presa em uma banheira suja. A cada frase dita, o nível d'água vai subindo enquanto ela luta para não sufocar.
Jogadores de futebol são condenados por violência contra mulher
Nessa semanao ex-jogador de futebol Robinho foi preso na cidade de Santos, em São Paulo, após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que ele deve cumprir no país a pena de nove anos pelo crime de estupro coletivo, a partir de condenação da Justiça Italiana. O crime aconteceu em 2013. Robinho foi condenado após ter estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão. Os condenados alegam que a relação foi consensual.
Também nessa semana a Justiça de Barcelona aceitou o pedido de liberdade provisória do ex-jogador baiano Daniel Alves, que já atuou no Esporte Clube Bahia. Na decisão, os juízes aceitaram deixar Daniel em liberdade provisória sob fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões), enquanto a defesa aguarda a sentença definitiva. A fiança ainda não foi paga e Daniel segue preso na Espanha. Em fevereiro de 2024, o ex-jogador foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo crime de agressão sexual. Ele foi acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona.
Ainda nessa semana, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) classificou as condenações de Robinho e Daniel Alves, por estupro, como "um dos capítulos mais nefastos do futebol brasileiro". Em nota, assinada pelo presidente Ednaldo Rodrigues, a entidade propôs uma reflexão para que homens fiquem "na linha de frente" do combate contra qualquer tipo de violência.
