O Gran Hotel Stella Maris, onde a Seleção Brasileira ficará hospedada entre quinta e segunda-feira, fica de frente para a praia, tem três piscinas, dois bares, quadra de squash, restaurante japonês, sala de jogos e de massagem. Mas, Neymar e companhia não vão aproveitar nada disso. Os jogadores ficarão numa ala isolada, sem circular nas áreas comuns e quase nenhum contato com o mundo exterior.Nem com a recepção para pedir um lanche. “A CBF mandou tirar os telefones de todos os quartos. Qualquer comunicação será feita com o chefe da segurança, e as refeições serão no piso térreo, todos juntos”, explica o gerente Francis Points. Mas para os meninos não ficarem entediados, o acesso à internet está liberado. Mais do que isso. “A Fifa solicitou que a gente dobrasse a velocidade do wi-fi porque eles gostam de ficar a noite toda tuitando”, diz.
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As redes sociais serão a única opção pros solteiros (e também pros casados mais assanhadinhos) darem uma paquerada. Porque sair do hotel para dar um rolé, nem pensar. A segurança será reforçada: Polícia Militar, Polícia Federal, Exército, Corpo de Bombeiros e até um esquadrão antibombas já estão escalados para evitar que alguém entre ou saia sem autorização. E nem dá para pular a janela. “Os jogadores vão ficar no quarto andar. Se pular, é morte na certa”, brinca Francis. Um desperdício, se for considerado que cada um deles ficará sozinho e entediado num quarto com uma cama king size e todos os confortos de uma suíte cuja diária custa R$ 450. “Eles não vão para a praia, nem piscina. E na hora em que forem usar a academia, ela será fechada para os outros hóspedes”, diz o gerente.Isso porque nos quatro dias em que a Seleção estiver lá, também haverá hóspedes comuns. Do total de 334 apartamentos, 50 foram reservados para a CBF e outros 200 para membros da Fifa, patrocinadores e convidados. Os hóspedes dos outros 84 apartamentos, se quiserem ver alguém, terão que depender da sorte e da boa vontade deles aparecerem na varandinha de suas respectivas suítes (todas de frente pro mar). “Vão ficar bem isolados”, diz. Francis conta que o Gran Hotel já hospedou a Seleção em 2007, e alguns jogadores do atual elenco já estiveram por lá mais de uma vez.
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“Neymar mesmo, já é a terceira vez. A primeira foi particular. Depois foi com o Santos”. Mas ele garante que o namorado de Bruna Marquezine não costuma aprontar nem fazer algazarra. “Quem gostava de aprontar era Romário, que fugia do hotel de noite, mas isso são águas passadas”, denuncia, aos risos, lembrando de experiências em outros hotéis em que trabalhou.
Comida - As refeições dos jogadores serão bem comuns, explica o gerente. “Só não podemos usar grãos nem pimenta. A CBF que mandou o cardápio”. A seleção da Nigéria, que vai ficar hospedada no DeVille também enviou um cardápio “muito comum”, como conta a gerente Sandra Haas Guimarães. “Eles vão vir com cozinheiro e nutricionista, mas o resto da equipe é nossa”. O DeVille já hospedou a Seleção Brasileira em 2009. Mas ao contrário dos canarinhos, a seleção nigeriana não ficará tão blindada dentro do hotel. Apesar do esquema de segurança montado, e de alguns acessos isolados, Sandra conta que os jogadores poderão circular pelas áreas comuns. “Eles estarão em andares separados dos hóspedes comuns, mas se quiserem passear pelo hotel, podem ser vistos sim”.A Itália, adversária do Brasil no dia 22, ficará hospedada no Hotel Matiz,que fica no Stiep. Já o Uruguai, que joga contra a Nigéria depois de amanhã está desde ontem no hotel Catussaba. Os dois hotéis foram procurados pelo CORREIO, mas até o fechamento desta reportagem não haviam fornecido nenhuma informação.
