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Espanhóis conseguem ter eficácia defensiva com poucas faltas

Nesta Copa das Confederações, eles já venceram três jogos tendo tomando apenas um gol

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26/06/2013 às 13:14 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:06 - há XX semanas
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Os campeões mundiais de 2010 só levaram dois gols em sete jogos na África do Sul. Os bicampeões europeus de 2012 ganharam o título levando só um gol em seis jogos. Agora, na Copa das Confederações 2013, em três jogos, só um gol tomado, com apenas 30 faltas cometidas, uma média de 10 por jogo, sendo apenas três contra a Nigéria. A eficiência defensiva da Espanha intriga até os compatriotas dos jogadores. “Como é possível não levar gols fazendo tão poucas faltas?”, perguntou um jornalista espanhol aos defensores Sérgio Ramos e Jordi Alba, escalados para a coletiva de ontem. “É uma questão de estar sempre concentrado, de olho na bola”, teorizou Sérgio Ramos, que contabilizou 18 bolas recuperadas nesta Copa das Confederações e é o líder do ranking de eficiência da Fifa. Para o lateral Alba, que vai muito ao ataque mas volta correndo para recompor a defesa, o trabalho da frente ajuda a turma de atrás. “É importante que todos ajudem a recuperar a bola. Se somos dois ou três contra um, fica mais fácil tomar a bola sem faltas”, disse o jogador do Barcelona. “Nossa maior preocupação é recuperar a bola e não fazer faltas”, acrescentou Ramos, titular da zaga da seleção nos títulos europeus de 2008/2012 e no Mundial 2010. O técnico Vicente Del Bosque acredita que o controle da posse de bola reduz as chances de gol do adversário. “Se cuidamos bem da bola, dificultamos o trabalho do ataque rival. Os resultados mostram isso. E não podemos esquecer que a seleção tem grandes defensores”, avalia o treinador espanhol. Jogo limpoOs resultados são realmente impressionantes. Na Copa do Mundo de 2010, a Espanha levou dois gols e só fez 81 faltas em sete jogos, média de 11,5 por jogo. Na Euro 2012, os espanhóis sofreram apenas um gol em seis jogos - e foram 81 faltas, média de 13,5 por partida. Entre a Euro e o desembarque no Brasil, cinco jogos oficiais pelas eliminatórias do Mundial 2014 e apenas dois gols sofridos. “Nosso papel é recuperar as bolas e manter a baliza zerada”, resumiu Sérgio Ramos. Os espanhóis comentaram ainda o desfalque de Balotelli na equipe italiana. “É um jogador diferente, importante, que vai fazer falta. Mas a Itália tem outros jogadores de qualidade”, disse Jordi Alba. “Creio que vão manter sua filosofia e nos dar trabalho. A vingança na decisão de Euro é uma motivação extra para eles, mas nós também temos a motivação extra de buscar um título que ainda não temos”, argumentou Ramos. Enquanto a defesa está garantida, Del Bosque tem dúvida para o ataque. Ontem, Fábregas e Soldado, com dores musculares, treinaram separados. David Silva e Fernando Torres são as opções. Barradas no saguãoA Espanha pode até não ganhar a Copa das Confederações, mas já tem o título de mais histórias controversas. Após a acusação de strip-pôquer com mulheres, seguido de furto, num dos quartos dos jogadores no Recife, ontem veio à tona outra confusão envolvendo parte da delegação. Segundo funcionários do Hotel Luzeiros, em Fortaleza, alguns atletas levaram mulheres até o local na madrugada de segunda-feira. O relato é de que após o triunfo de 3x0 sobre a Nigéria, jogadores chegaram às 4h no hotel, levando garotas numa van. A maioria foi barrada na recepção, enquanto uma acabou surpreendida no elevador. Foi o suficiente para os espanhóis justificarem o apelido da seleção: Fúria. “Jogaram pelas janelas controles de TV, água, sabonete, causando um prejuízo ao hotel e perigo a quem passasse pela rua”, garantiu uma pessoa ligada ao Luzeiros ao Globoesporte.com. O hotel, por sua vez, registrou os danos através de fotos para utilizar como prova caso a Espanha preste algum tipo de reclamação. Os jogadores envolvidos tiveram seus nomes preservados. A gerente do hotel, Mila Costa, evitou polemizar. “Se houve algum tipo de atitude, foi normal e não provocou desgaste na relação com o hotel”, afirmou ao portal Lancenet.com. Em entrevista concedida ontem, o zagueiro Sérgio Ramos desmentiu as acusações. “São informações mentirosas. Não se pode brincar com a reputação de um país como a Espanha”, frisou. Falando ainda do caso do Recife, completou: “Há muitos jogadores que são casados, que têm crianças. É um ataque à reputação da seleção campeã do mundo”. Federação vai à Justiça contra jornalistasA Real Federação Espanhola de Futebol decidiu processar os jornalistas responsáveis pela reportagem afirmando que os jogadores da seleção foram furtados num hotel em Recife após uma noitada com mulheres. “A federação vai tomar uma atitude e espero que a Fifa faça a mesma coisa. Esperamos que a lei coloque o responsável por essa mentira onde ele deve estar”, disse o zagueiro Sérgio Ramos. Para o jogador, o jornalista “deve ser alguém que quer aparecer às custas de uma seleção campeã mundial”. Na segunda-feira, a federação espanhola divulgou nota desmentindo “rotundamente” a notícia que “atenta contra o bom nome da seleção e a hombridade e o profissionalismo de seus jogadores”. Na nota, a entidade afirma que a queixa do furto não é uma crítica aos organizadores ou ao Brasil e que isso “poderia acontecer em qualquer país do mundo, inclusive na Espanha”. Ontem, a federação decidiu tomar providências legais. Leia mais Neymar e Fred, as armas certas do novo ataque da Seleção Matéria original: Jornal Correio* Espanhóis conseguem ter eficácia defensiva com poucas faltas

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