Quando o baiano Isaquias Queiroz entra na água, a possibilidade de medalha é grande. Foi assim Durante os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, e no Campeonato Mundial de Canoagem, em Milão, na Itália, quando faturou um ouro, um bronze e uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. O desempenho faz do atleta uma das principais esperanças de conquista do Brasil na Olimpíada em casa, mas é justamente o clima carioca que preocupa o baiano.
"Com este vento, não tem a menor chance de disputar pódio", disse Isaquias ao Extra após remar por uma hora e meia na Lagoa com um forte vento sudoeste. As condições do vento serão iguais para todos os competidores, mas um fator pode fazer a diferença para o brasileiro. Diferente de outras modalidades, na canoagem de velocidade só é permitido remar por apenas um lado. Como é canhoto, Isaquias pode ser prejudicado pelo vento sudoeste que sopra de Ipanema em direção ao Cristo.
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Isaquias terá que superar as condições climáticas para conquistar uma medalha no Jogos do Rio 2016. Foto: Federação Internacional de Canoagem |
"Toda vez que entro na Lagoa, tenho impressão de que nunca estive aqui. As condições mudam bastante sempre", disse Isaquias lembrando que, por se conectar com o mar, a Lagoa também sofre influência da tábua de marés.
Já os canoístas que remam pela esquerda não perdem tanto tempo para direcionar o barco e podem usar a maior parte da energia com o foco na velocidade. Apesar das variações, o vento sudoeste é o mais comum na Lagoa a partir das 8h, horário escolhido pelo espanhol Jesús Morlán para treinar a seleção no local.
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