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Técnico, aos poucos, vai dando o seu padrão à Seleção |
Apesar de mais um jogo sem vencer à frente da seleção brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari ficou satisfeito com a atuação do Brasil no primeiro tempo e adiantou: o time que entrou em campo neste domingo, com Luiz Gustavo e Hulk, deve ser o mesmo do amistoso contra a França, no domingo que vem, e da estreia na Copa das Confederações, no próximo dia 15, em Brasília, contra o Japão.O treinador pareceu ter uma dúvida ainda na lateral esquerda, embora tenha elogiado Filipe Luis, que começou o jogo e na segunda etapa foi substituído por Marcelo. “O primeiro tempo me agradou bastante”, disse. “Provavelmente, no decorrer da semana, a equipe que deve começar o jogo em Porto Alegre será 90% ou 100% do time de hoje (domingo)”.Felipão citou preocupação com Oscar, que segundo o técnico fez a sua 71.ª partida nesta temporada, e Fred, que ainda se recupera de uma fratura incompleta na costela. Ambos devem ser menos exigidos nos treinos físicos antes do jogo contra a França. O técnico também espera evolução de Luiz Gustavo, que só fez um treino com o grupo antes do empate com a Inglaterra. “Se eu tivesse jogo na terça-feira agora ou na quarta, novamente colocaria a equipe do primeiro tempo totalmente em campo”, cravou Felipão. “O primeiro tempo foi muito bom, com posicionamento correto e saída de jogo razoavelmente boa. Teve entrosamento, foi legal”, disse o treinador. Ele afirmou que resolveu no intervalo que iria “arriscar” e, então, sacou Luiz Gustavo e Filipe Luis para as entradas de Hernanes e Marcelo.“Colocamos um time mais à vontade, mas abrimos depois de fazer o gol”. Ele optou, então, pela entrada do terceiro volante em campo: Fernando em lugar do atacante Hulk, que vinha sendo o principal alvo das críticas da torcida. Na entrevista coletiva, Scolari se irritou ao ser perguntado sobre a substituição. “Eu esqueci o direito de tentar a virada porque não jogo para perder”, respondeu secamente Felipão, que após alguns segundos emendou: “É piada”, referindo-se à pergunta. O repórter de uma rádio retrucou: “Mas que você foi medroso, foi"; e o treinador achou melhor colocar panos quentes. “É um jogo que não vai mudar nada na nossa vida. Contra o Japão, se estiver ganhando por 1 a 0, aí sim eu vou fechar. Ou abrir, se a necessidade for outra”, disse.
Dono da bola - O técnico contou que a opção pela camisa 10 foi do atacante Neymar. “Ontem (sábado), quando fomos inscrever os atletas, perguntamos aos jogadores quais números gostariam de usar. O Neymar disse que gosta da 11, está acostumado a jogar com ela, mas queria a 10. Então, pronto”, afirmou o treinador. E no primeiro tempo a nova contratação do Barcelona assumiu mesmo a postura de camisa 10, distribuindo jogadas e não mais jogando só pelas laterais do campo, como vinha sendo sob comando de Felipão. Apesar disso, Scolari afirmou que a posição de Neymar continua sendo a de segundo atacante: “Perto do atacante principal, rodando nas costas dele. Ele pode jogar nos lados do campo também, depende da análise do adversário e de como estivermos distribuídos em campo”.