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Vanderlei Cordeiro recebe o abraço doa fã Édson |
A variedade de cores chamativas identifica os grupos e clubes de corrida. Até no alongamento, o agrupamento se mantém. Aos poucos, os corredores vão se misturando, formando a imensa massa humana à espera da buzina que marca a ordem de largar.
Até passar pelo portal que demarca o início da corrida, todos se movem lentamente, quase se esbarram, mais parece uma procissão. Longe da briga pelos primeiros lugares - a elite larga na frente, por motivos óbvios - são todos anônimos. Se homenageiam mutuamente, valorizando, cada um com seu suor, o esforço das centenas de desconhecidos ao longo do percurso de 4 km, 10 km ou 21 km. É o prazer de ser mais um. E de fazer de cada experiência de realização e superação um momento único.
Empolgação - Padrinho da prova, o medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima se impressionou com o nível de participação na Meia Maratona da Bahia. Ele passou quase t oda a manhã tirando fotos e lembrando da Olimpíada de 2004, quando liderava a maratona e foi atacado pelo ex-padre Cornellius Horan. E destacou a empolgação dos competidores. "Uma prova que largou 7 horas da manhã, com 3,5 mil competidores, com certeza, se abrir pra 5, 8 ou 10 mil vai ficar repleto", disse o campeão, que não se importa com o assédio. "Tento corresponder à altura, me sinto igual a essas pessoas", completa o ex-corredor, reforçando o espírito de integração.
Entre os muitos fãs que pegaram fila pra tirar foto com Vanderlei, o vendedor de carros Édson dos Santos mereceu destaque. Admirador de longa data, ele, que tem o joelho operado mas compete com regularidade, diz que esperava que o ídolo dele viesse a Salvador para fazer o registro. "Minha emoção foi muito grande, sempre me inspirei nele. Quando derrubaram ele na Olimpíada, queria estar lá pra defendê-lo", lembrou.