A final,é quase irreal a figura daquela holandesa flutuando pelos vagões de short preto de renda, camisa laranja da sua seleção, bracelete tão laranja quanto, fitinha do Bonfim vermelha e olhos que variam entre o azul e o cinza, a depender da luz e do ângulo de quem vê. Certo é que, de qualquer ângulo, a presença daquela holandesa é desconcertante.
Até a Fonte Nova, ela parecia abrir caminho, ainda que não fizesse esforço. No Campo da Pólvora, causou rebuliço até entre uns conterrâneos. Enquanto eles se acotovelavam alertando uns aos outros sobre o espontâneo desfile, a moça sumiu na multidão que entrava no estádio para a primeira partida da Copa do Mundo em Salvador. O Mundial é de futebol, mas poderia ser um torneio de esplendor feminino. É difícil manter o foco, seja no entorno, nas catracas, nas escadas, nos corredores ou nas arquibancadas da Fonte Nova.
Apesar do desempenho da Espanha em campo, espanholas fizeram bonito nas arquibancadas |
Talvez seja pela festa ou pelo programa em família, talvez seja porque gostem mesmo do esporte ou porque os jogos cotidianossão ruins e não lhes chame atenção. Há muitas hipóteses, mas o resultado é visível: a Copa atrai muitas mulheres. Melhor para o espetáculo, que ganha em cor, cheiro, forma e graça.
Pela capital baiana, além das holandesas – devidamente apelidadas holandeusas - já desfilaram belas espanholas, tentadoras portuguesas, luminosas alemãs, suíças estonteantes e francesas bem francesas, isso sem falar nas representantes locais e nacionais, que não caberiam em qualquer adjetivo.
Sem esconder o encantamento com uma dupla suíça que passava por ele na Fonte,o administrador André Bezerra ainda queria mais. “Só falta a Colômbia jogar aqui pra gente ver as colombianas”. A invasão das colombianas depende dos cruzamentos da Copa. A única certeza é que, em Salvador, as torcedoras elevaram o nível do jogo.
Um exemplo é Hannah Grandel, jovem alemã de Stuttgart que, na Fonte, gerou até fila de marmanjos que queriam uma foto ao seu lado, como se ela fosse uma celebridade germânica.
Alegria - Metida num short preto, com uma justa camiseta da seleção, tiara nas cores da Alemanha e olhos verdes de hipnotizar, Hannah contou que estará em todos os jogos da Fonte Nova e, após cada um deles, “it’s party!” (é festa). Sorte de quem encontrá-la nas festas, com seus cabelos ondulados e lábios cor de rosa.
Sorte também de quem topou com as frenéticas holandesas, inebriadas (inebriantes) pela histórica goleada de 5x1 sobre a Espanha. Mas, como não se compadecer das lusitanas, que chegaram no estádio tão empolgadas e saíram tão tristes? O mesmo vale para as espanholas de olhos negros, que falam como quem canta e caminham como quem baila.
Até sob as feições de desânimo das derrotas, há sempre um sorriso de quem sabe que aquilo é só um jogo. E, verdade seja dita, as mulheres conseguem enxergar isso bem melhor que os homens. Então, que ninguém se engane. Sua presença na Copa do Mundo vale muito mais que um rostinho bonito. Leia também: Famosos se encontram para assistir jogo entre Rússia e Bélgica Maradona rebate presidente da federação argentina Capitão da seleção dos Estados Unidos, Clint Dempsey, lançará álbum de rap Matéria original: Correio*
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