Em Palmas, no Tocantins, está sendo disputado os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), sendo que das 11 modalidades disputadas três são chamadas de "esporte ocidentais". A classificação se refere à natação, ao atletismo e ao futebol de campo. As outras oito são encaradas como "jogos nativos". No entanto, alguns desses esportes nativos são disputados nos Jogos Olímpicos e conhecidos por todo mundo. Os mais comuns são canoagem, arco e flecha (tiro com arco) e arremesso de lança (lançamento de dardo).
E os indígenas esperam que o reconhecimento de criadores destes esportes um dia seja dado. "Não sei se algum dia nós vamos ter o direito reconhecido dos esportes nativos dos povos indígenas, mas a gente tem que lutar por isso. Há várias modalidades que já existiam. A gente tem que buscar esse direito da autoria dos esportes nativos", conta Lucio Xavante ao UOL.
Foto: Divulgação / JMPI |
Esses esportes nativos dos povos indígenas são modalidades indispensáveis nas Olimpíadas. O baiano de Ubaitaba, Isaquias Queiroz, por exemplo, é campeão mundial de canoagem, um esporte original dos índios e que, em Tupi-Guarani, significa "cidade das canoas".
A canoagem de velocidade, especialidade de Isaquias, está presente na Olimpíada desde os Jogos de 1936, em Berlim. A modalidade slalom foi introduzida depois, em 1972, em Munique. Mas, a canoagem está presente na vida dos povos originários muito antes de ser alçado à condição de esporte olímpico.
Além destes, outros esportes nativos presentes no JMPI se assemelham às modalidades olímpicas, como é o caso das lutas corporais, que lembram o wrestling, cuja prática também remonta aos Jogos Olímpicos da Antiguidade.
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