No futebol, os jogadores têm duas identidades: uma diz onde nasceram e a outra qual o clube os revelou. Na matemática da bola, a Seleção Brasileira tem quatro ‘baianos’: Daniel Alves, de Juazeiro, e Dante, de Salvador, são Bahia; o paulista David Luiz e o paraibano Hulk, crias do Vitória. Três titulares e um reserva na estreia contra o Japão, às 16h, no Mané Garrincha.
“O perigo do Japão é achar que o jogo tá ganho. Que pelo nome da Seleção vai ser um jogo fácil. Tenho certeza que aqui ninguém vai entrar com este pensamento”, diz Daniel Alves. O lateral é o mais experiente. Já disputou Mundial, Confederações e Copa América e sabe como funciona. “Nós estamos dispostos a chegar na final, independente do rival. Estamos preocupados com a gente, não com os outros”.
O zagueiro David Luiz, candidato a virar volante, espera que a campanha seja marcada pela sintonia. “Todos nós brasileiros devemos nos proteger. Esse é o nosso país. Se um ganha, ganham todos. Se um perde, perdemos todos”, analisa. Para Hulk, dedicação não faltará: “Se for para agradar ao torcedor, que seja dentro de campo, dando o melhor. É isso o que eu pretendo fazer”.
Já o zagueiro Dante, há dez anos no exterior, espera ajudar em campo. De preferência, contra a Itália, dia 22, na Fonte, onde jogou pela última vez em 2003, pelo Juventude. “Porra, se a torcida do Bahia não for nos apoiar... Tá de sacanagem! Eu conheço os caras da Bamor. Os caras só andam cantando. Eu estou lá direto. Se os caras não derem moral agora, vão dar quando?”, diz o torcedor declarado do Bahia.
Matéria original: Jornal Correio
Deu Ba-Vi: no clássico da Seleção, tem dois tricolores e dois rubro-negros
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