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ESPORTES

Novo ministro do Esporte reforça independência na relação com a Fifa

Substituto de Orlando Silva, Aldo Rebelo afirma: 'onde o governo julgar que não deverá fazer concessões, não serão feitas'

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28/10/2011 às 7:55 • Atualizada em 07/09/2022 às 18:13 - há XX semanas
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Rebelo assuma pasta do Esporte a partir desta sexta-feira
Aldo Rebelo não é nenhum novato no esporte. Deputado federal do PC do B pelo sexto mandato, já teve algumas atuações famosas ligadas à área. Participou, por exemplo, da comissão que discutiu a Lei Pelé e, entre 2000 e 2001, foi presidente da CPI que investigou na Câmara as ligações entre a CBF e a Nike. Isso sem falar na paixão pelo futebol: ele é palmeirense roxo, do tipo que lembra glórias antigas do time e lista heróis do clube. Mesmo assim, Rebelo não parece o mais entusiasmado ao ser escalado pela presidente Dilma Rousseff para substituir Orlando Silva no comando do Ministério do Esporte a partir desta sexta-feira – a posse oficial só ocorre na próxima segunda. Talvez porque ele vá entrar em uma espécie de jogo do título, mas no começo do segundo tempo, em uma disputa acirrada e cheia de caneladas. Rebelo assume um ministério que cresce em importância pela coordenação dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, mas que passou os últimos tempos envolto em denúncias de desvios de recursos e em conflitos recorrentes com a Fifa sobre as exigências para o Mundial que se aproxima. O cansaço decorrente da rotina pesada dos últimos dias é visível, mas ele se apega ao discurso. "Eu creio que o ânimo em uma situação dessas é uma necessidade. Eu estou disposto a enfrentar esse desafio com a mesma disposição com que enfrentei outros em situações diferentes". Rebelo diz ter recebido apenas uma recomendação da presidente Dilma ao ser convidado: que valorizasse o Brasil como sede da Copa e das Olimpíadas. Ele não confirma, mas a presidente tem falado diversas vezes que o país precisa resistir mais às exigências feitas pela Fifa para o Mundial. O ministro não fala em endurecer o discurso, mas enfatiza a "cooperação com independência" e garante que o governo pode barrar o que achar "desnecessário". "Onde o governo brasileiro julgar que não deverá fazer concessões, não serão feitas concessões. E onde o governo brasileiro julgar que as concessões são necessárias ou razoáveis - que há isonomia em relação a outros eventos internacionais - essas concessões serão feitas. Acho que, a partir desse princípio, adotaremos posições equilibradas e firmes". Isso pode significar problemas na discussão de questões centrais das negociações, como a meia-entrada na venda dos ingressos para 2014. Neste aspecto, o projeto da Lei Geral da Copa, que é analisado por uma comissão especial da Câmara, não tem agradado a nenhum dos lados. A Fifa aceita o desconto para idosos, mas resiste à meia-entrada estudantil. Já os parlamentares têm reforçado a importância do direito dos estudantes. O governo alinhou o discurso na defesa da manutenção dos chamados “direitos sociais”, mas empurra a bola para o Congresso.

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