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Paraguai impôs o desafio que faz a seleção brasileira sofrer

Time de Tite avançou às semifinais da Copa América nos pênaltis

Redação iBahia • 28/06/2019 às 9:33 • Atualizada em 28/08/2022 às 18:08

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Quando se relativizou o peso da goleada da seleção brasileira sobre o Peru, era justamente para desafios como o de quinta-feira que se alertava: enfrentar uma defesa fechada, um rival encerrado atrás, a obrigação de achar espaço diante de um muro. Nos 5 a 0 sobre os peruanos, circunstâncias um tanto atípicas abriram os caminhos. Em Porto Alegre, apesar de um domínio massacrante, naturalmente maior após a expulsão de um adversário, o tal primeiro gol contra o Paraguai não saiu. E embora a seleção fizesse muitas coisas corretas, o calvário foi até os pênaltis.
É importante ponderar que é natural ser assim. Se furar defesas é um desafio nas disputas de clubes, tal traço do jogo atual é ainda mais verdadeiro entre seleções. Porque as equipes nacionais têm menos tempo de treino, trabalham menos e, portanto, têm menos chances de desenvolver mecanismos, automatizar e sincronizar movimentos para abrir retrancas. Não nos esqueçamos da Copa do Mundo, vencida por uma França cheia de talentos, mas que corrigiu seu caminho quando passou a defender mais atrás e buscar o jogo em transições rápidas.
Foto: Reprodução/CBF
Dito tudo isso, não foi justo que o jogo fosse parar na marca do pênalti, tamanho o domínio da seleção. Em alguns aspectos da proposta de Tite, o time vai evoluindo na Copa América. A movimentação entre Arthur e Coutinho no meio melhora, oferecendo aproximações e trocas de passes; os laterais como armadores mais pelo centro também crescem, e ambos fizeram ótimo primeiro tempo — no segundo, Filipe Luís saiu e Daniel Alves seguiu fazendo grande jogo.
Ontem, fosse com faltas ou uma marcação cheia de perseguições individuais, o Paraguai quebrava o ritmo da seleção. Nas raras vezes em que, após os 15 minutos iniciais, os paraguaios ameaçavam buscar uma ação ofensiva, interrompiam qualquer eventual contragolpe brasileiro parando o jogo. A partida ficava picotada, apesar da posse de bola massacrante do Brasil.
O que não significa dizer que não haja questões a observar na seleção. Uma delas diz respeito mais ao jogo de ontem: sem Casemiro e Fernandinho , Allan se sentiu desconfortável na função de primeiro volante.
Foto: Reprodução/CBF
Mas por falar em desconforto, há outras situações que merecem mais atenção no momento. Tite quer laterais como armadores numa faixa mais central do campo e vê seus pontas iniciarem as jogadas mais abertos. Quanto a Éverton do lado esquerdo, nem há tantos problemas. Ele se sente à vontade. Mas Gabriel Jesus foi sacrificado demais no jogo. Como a marcação paraguaia bloqueava bem os lados e também impedia que o Brasil tivesse continuidade no campo ofensivo, raramente ele conseguia fazer a diagonal para a área. Preso pelo lado, fugia demais às suas características. E sem tantas opções de profundidade, ou seja, jogadores que se projetam para receber às costas da marcação rival, quem também se sacrifica é Roberto Firmino.
Pênalti perdido à parte, é um jogador de extrema inteligência, precisa ter opções de passe para que sejam aproveitados os espaços gerados por sua mobilidade. Aliás, o movimento que fez tirando Balbuena do lugar e gerando o lance da expulsão do paraguaio foi preciso. Assim como a jogada de Jesus, que rompeu seu confinamento à ponta e criou o lance.
A dificuldade no 11 contra 11 indica que é preciso melhorar a movimentação ofensiva. Ocorre que sem que nos déssemos conta, o Brasil trocou mais de meio time em relação à Copa do Mundo. Também perdeu seu melhor jogador e muda mecanismos de jogo. É, como quase todas as seleções do mundo a esta altura, um time em formação. Vitórias como as de ontem valem tanto pelo que se conquista quanto pelo que se evita. Ou seja, mantêm o Brasil vivo no torneio e evitam que um país ansioso crie uma pressão surreal sobre Tite. Pavimentar caminhos para o futuro e ganhar crédito: há muito em jogo na Copa América.

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