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Profissionais do sexo apostam no Mundial para faturar mais

Com a presença dos gringos na cidade, prometem soltar a língua para garantir um extra

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15/06/2014 às 17:30 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:48 - há XX semanas
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Segundo sua própria descrição, ele é “alto”, “lindo” e “bem dotado”. Já ela, ele mesmo destaca, tem “um rosto incrível”, “corpo escultural” e cabelo “quase batendo na bunda”. Eles são o casal Antonny e Lorrany e fazem programas sexuais em Salvador. Nesta Copa do Mundo, porém, seu diferencial não está nos dotes físicos, mas nas observações descritas em seu perfil na Internet: “parlam italiano”, “speak english”, “parle français” e “hablam español”.
Com a presença dos gringos na cidade, prometem soltar a língua para garantir um extra. “Se a Bahia já é um paraíso sexual o ano inteiro, imagina na Copa”, parafraseia Antonny, falando como alguém que tem visão de mercado. O casal multilíngue vê na comunicação a principal arma para fisgar os estrangeiros.
Antonny morou 11 anos fora do Brasil. Na França, onde ficou por dois anos, aprendeu um francês “puxado para o mediterrâneo”. Depois passou por diversos países da América Latina e Europa, inclusive Itália e Espanha. “Comunicação é tudo. Saber se expressar faz toda a diferença. Te dá mais segurança e qualidade no serviço”, acredita.
Os reflexos da Copa já são sentidos desde antes do Mundial. “Já tem um mês com público variado de estrangeiros”, afirma. “Se eu te disser que teve colegas que já pegaram gente até da delegação da Croácia?”, revelou, na antevéspera da abertura. “Não, não. Jogador não entra nessa porque a mídia fica em cima. A não ser que seja algo bem reservado”, admite. Juntos, cobram R$ 1 mil por programa.
Cybele, 22 anos, também faz propaganda dos seus dotes linguísticos em sites de acompanhantes. Estava na Espanha e só voltou por conta da Copa. “Os gringos pagam bem e estão chegando em quantidade. Resolvi voltar para ganhar em euro aqui”, conta a moça, que fala espanhol fluente e arranha no inglês... para gemer não precisa de sotaque”.
De bósnio a americano, Cybele consegue se comunicar com qualquer um. “Na hora de acertar os programas já sei todas as palavras que tenho que falar. Afinal, o ‘how much’ (quanto custa) é internacional, né?”, afirma ela, que quer faturar R$ 40 mil só na primeira fase da Copa.
A primeira rodada da Copa foi quente e lucrativa para Marcos, 27 anos. Semana passada, atendeu turistas da Itália e da Croácia. Fluente no italiano desde os 15 anos, usa o idioma até como fetiche. “Além dos clientes gringos tem muito brasileiro e brasileira que pede pra atender falando italiano”.
Segundo Grampola, 21 anos, que também aparece em um site, os melhores resultados nesse nicho de mercado vão ser conquistados depois do Mundial. O público, diz ela, deve ser os integrantes das 32 federações.
“Foi assim na Copa das Confederações. Bombou mais depois do que durante. É quando o pessoal das federações e das delegações caem na farra”. E, no caso de um problema de comunicação, você que trabalha na área pode fazer como Lili, 22 anos. “Quando complica, peço para mandar um e-mail e coloco no Google tradutor”.

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