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ESPORTES

Repórter do Correio relata emoção de correr 10 km na Meia Maratona

Daniela Leone encontrou motivação na família e nos exemplos de superação durante a prova da corrida de rua

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12/09/2011 às 8:56 • Atualizada em 01/09/2022 às 15:22 - há XX semanas
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Daniela Leone completou a prova em 1h05
Uma torcida pronta para aplaudir. Familiares e amigos aguardam cheios de expectativa. Pernas ansiosas. O coração bate em um ritmo inédito. Um sorriso gostoso surge no meu rosto e uma satisfação enorme toma conta de mim ao dar o último passo. Orgulho, felicidade e uma emoção difícil de descrever, até mesmo para quem faz das palavras instrumento diário de trabalho. Foi assim que me senti ontem, ao cruzar a linha de chegada da Meia Maratona da Bahia, uma hora e cinco minutos após a largada. Depois de dois meses de preparação, consegui cumprir o desafio que o CORREIO me fez: completar a prova de 10 km. Mas, antes dessas fotos serem registradas, muita coisa aconteceu... Família - Meu dia começou às 4h45, quando acordei. Estava ansiosa. Afinal, há oito semanas eu nem caminhava. Uma hora depois, meu pai, que veio do Rio pra participar da prova, passou pra me pegar. Ele e meu irmão Thiago correram a categoria 4 km. Família unida também no asfalto. Quando cheguei no Jardim dos Namorados, local de largada da corrida, me contagiei com a energia dos outros atletas. A rua estava colorida por amantes do esporte. Depois de um alongamento caprichado, hora de ir pra pista. Nada de correria. Nos primeiros 2 km, ritmo moderado. Daí em diante, pernas pra que te quero! Meu coração chegou a registrar 186 batimentos por minuto. Tudo controlado pelo professor Antonio Zeicon. Cuidado - Como era a minha primeira corrida de rua e o meu tempo de preparação foi apertado, a Triação, assessoria esportiva responsável pelo meu treinamento, fez um acompanhamento personalizado. Hidratação e incentivo na medida certa. A sensação de superação aumentava a cada quilômetro. Foi gratificante perceber que eu estava ultrapassando limites e que tantas pessoas ao meu redor faziam o mesmo.
Daniela ao lado do pai e do irmão
Quando cheguei na metade do percurso, um atleta que disputava os 21 km passou por mim em velocidade supreendente. Motivo pra desanimar? Que nada! Logo mais vi um cadeirante não só participando da competição, como dando exemplo. Cena inspiradora, mais disposição, hora de seguir em frente. No quilômetro oito, meu grande obstáculo passou a ser o forte calor. O dia estava lindo e sufocante. Quando o corpo começou a se queixar, avistei meu pai e meu irmão. Eles tinham terminado a prova e haviam voltado para me incentivar. Na hora certa, ganhei um gás extra. Foi então que Zeicon avisou: "Estamos na reta final". Chegou a hora de colocar a medalha no peito. Desafio cumprido. Que venha o proximo!

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