O cabelo, as correntes e brincos, as tatuagens. Nada chama tanta atenção em Neymar como o talento. Aos 21 anos, o atacante é a estrela da seleção mais respeitada e vencedora do futebol. Da Seleção Brasileira que estreia em casa na Copa das Confederações contra o Japão, às 16h (TV Bahia, Band e Sportv), no estádio Mané Garrincha, em Brasília. “A expectativa todo mundo tem. A cobrança sempre existe e sempre vai existir no futebol. Isso aqui é um grupo. Sabemos das nossas responsabilidades e vamos fazer de tudo para que a gente possa conseguir o que quer: o título da Copa das Confederações. E o mais importante de tudo: o título da Copa do Mundo”, disse o craque do Barcelona. Título e grupo: as duas palavras mais usadas nos 33 minutos de coletiva, diante de mais de 200 jornalistas de vários países, na quinta-feira. O evento-teste da Fifa é um teste de fogo para Neymar, há dez jogos sem fazer um gol – e a 52 minutos de igualar sua maior seca desde que estreou como profissional, aos 17 anos.
Embora diga que “nada; significa nada” o jejum, é visível a mudança de atitude. Em público, já diminuíram as brincadeiras e o sorriso aberto. Alegria e ousadia andam em baixa. Ontem, durante o treino de finalizações visto por operários e funcionários do estádio, Neymar chegou a chamar um torcedor de “corneteiro”. Reflexo de como está quem se define como “um cara que me cobro muito todos os dias em estar treinando melhor, jogando cada dia melhor. Nunca está bom. Sempre estou querendo mais”. Nas ruas, a cobrança é o marcador mais implacável. Na concentração, mantém inalterada a moral. “Primeiro de tudo, quero frisar que o Neymar é um craque”, falou Paulinho, na terça. No dia seguinte, Fred foi além: “Neymar é o jogador mais importante nosso. Com o maior nível técnico. E além de tudo é um moleque que tem a vitória na veia. Nunca correu da porrada, sempre brigando”. “Temos que proteger o grande ídolo que temos aqui. O Neymar é meu, de vocês e de todos os brasileiros. Temos que proteger. Mas parece que a finalidade é execrar”, comentou Luiz Felipe Scolari, outro a pedir carinho com o atacante. “Se temos um ídolo, alguém que leva 50 mil pessoas a uma apresentação (como foi no Barcelona), temos que valorizar. Cobrar dele o que ele pode fazer. Aos 21 anos, ele faz parte de uma equipe, e sozinho não vai ganhar”, reforçou o técnico. Felipão só cometeu um deslize quando disse que “ele não joga com 11 camisas no corpo”. Neymar, caro Felipão, joga com o peso da esperança de 190 milhões de brasileiros nas costas. Os mesmos 190 milhões que vão carregá-lo nos braços caso o grupo conquiste a Copa das Confederações. Matéria original: Jornal Correio Sem tanta ousadia e alegria, Neymar sente pressão dentro de casa
Uma simples cobrança de escanteio no treino causa isso: funcionários do estádio Mané Garrincha param pra ver Neymar (Foto: AFP) |
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