O paulistano Ícaro Nogueira, 25 anos, coordena a equipe do Comitê Organizador Local (COL) responsável por prestar serviços às seleções e verificar as condições da Arena Fonte Nova antes dos jogos. “Verificamos o gramado, os vestiários, as zonas de acesso e também cuidamos do trajeto das equipes do hotel até o estádio”, resume. Por sua vez, a goiana Sthefânia de Lacerda, também de 25 anos, trabalha como coordenadora assistente da imprensa na Arena.Além da paixão pelos grandes eventos esportivos, eles têm algo em comum: antes de ingressar nesse mercado, ambos começaram trabalhando como voluntários. Ícaro começou a trabalhar em 2007, durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. “Eu trabalhei como guia, conduzindo os observadores que chegavam de vários lugares do mundo para conhecer a Vila Olímpica”, lembra. Com os contatos que fez nesta e em outras experiências como voluntário, acabou sendo contratado para trabalhar em Salvador na Copa das Confederações.
Sthefânia também percorreu um longo caminho como voluntária. “Eu comecei a fazer voluntariado em 2008, no mundial da Fifa de Futsal, e depois tomei gosto. Em 2010, fui para a Copa da África do Sul; em 2012, fui para a Eurocopa e, no ano passado, para o mundial de Futsal na Tailândia”, conta. Ela também conseguiu a vaga no COL com os contatos que fez nas atuações como voluntária, mas agora a paixão cresceu. “Quero estar na Copa do Mundo do ano que vem também. Se eu não conseguir uma vaga, vou ser voluntária de novo”, assegura.Foco - Porém, ser voluntário, por si só, não basta, adverte a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos na Bahia (ABRH-BA), Ana Claudia Athayde. “É preciso ter foco, procurar algo que tenha a ver com a sua área de atuação e dar visibilidade ao seu trabalho”, sugere a especialista. Nesse sentido, Ícaro e Sthefânia são bons exemplos. “Quando fui ser voluntário nos Jogos Pan-Americanos, lembro que pensei: ‘se um dia tiver Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil, meu foco será trabalhar nisso, como voluntário ou contratado’. Sei que fiz a escolha certa”. Depois das primeira experiências como voluntário, ele ficou tão apaixonado pelo negócio que até fez um curso de pós-graduação em Gestão Esportiva. “Sou formado em Desenho Industrial, mas percebi que gosto mesmo é de trabalhar com esporte”, completa. E o amor pelo esporte é de família. O jovem tem um irmão que, assim como ele, trabalha no COL em Belo Horizonte e começou como voluntário. E tem mais: “Hoje, minha mãe está trabalhando como voluntária aqui em Salvador”.Sthefânia também sabia o que queria ao iniciar o primeiro trabalho voluntário, em 2008. “Através do voluntariado, queria obter experiência profissional para chegar aonde quero chegar. Trabalhar além do horário no cronograma, dedicação, responsabilidade, pessoas te notarem e conhecerem seu trabalho”. As inscrições para o Programa de Voluntários da Copa do Mundo de 2014 já estão encerradas. Informações sobre o programa Brasil Voluntário, do governo federal, podem ser obtidas no site www.brasilvoluntario.gov.br.
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