Um dia depois de uma adolescente se declarar culpada pela morte de uma menina de 7 anos no Reino Unido, promotores públicos concordaram com a tese da defesa, que alega que a jovem sofre de um distúrbio mental e matou a criança em meio a um delírio, para saber se ela era um robô ou um ser humano.
Nesta segunda-feira, a adolescente se declarou inocente por assassinato, mas responsável por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. Exames mostraram que a pequena Katie Rough foi esganada antes de sofrer graves cortes no peito e no pescoço. Ela chegou viva ao hospital, mas não resistiu.
A confissão, que atenua a responsabilidade da jovem, foi aceita pelos promotores, que não vão usar o argumento da intenção de matar, embora considerem que o ataque tenha sido premeditado. Responsável pela acusação, Graham Reeds alegou ao juiz Justice Soole que a ré desenvolveu delírios, depressão e pensamento suicida cerca de um ano antes do crime.
Ela disse que, nesse período, estava convencida de que as pessoas "não eram seres humanos, mas eram robôs", de acordo com o promotor.
Pedido de ajuda dois dias antes
O advogado de defesa, Nicholas Johnson, reconheceu que sua cliente "pode ter sido movida pela crença irracional e pela necessidade de prova de que Katie não era humana". Ele argumentou que a adolescente acreditava em uma "força maior e hostil" que controlava as pessoas.
Johnson ainda contou ao juiz que a cliente publicou nas redes sociais uma mensagem, que ele considerou um apelo de ajuda, dois dias antes do ataque. "Ela estava claramente desesperada por algum suporte", frisou, sem detalhar a postagem.
Os pais de Katie acompanharam a sessão no tribunal. "Eu sinto tanto a falta da minha garotinha", escreveu Alison Rough, mãe da menina, no Facebook. Em fevereiro, eles receberam 300 pessoas para o enterro da filha, cujo caixão foi decorado com personagens de um livro infantil.
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Redação iBahia
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