Um avião de controle de fronteira da Ucrânia foi alvejado neste sábado enquanto sobrevoava uma área perto da fronteira administrativa com a região da Crimeia, que está sob controle da Rússia. A informação é da guarda de fronteira ucraniana. Ninguém ficou ferido. A ação começou quando homens abriram fogo contra a aeronave desarmada, segundo disse um porta-voz. O avião leve Diamond tinha três tripulantes a bordo em uma missão de observação, acrescentou o porta-voz. Forças russas tomaram o controle da Crimeia na semana passada. Separatistas pró-Moscou declararam a região parte da Rússia e marcaram um referendo para o dia 16 de março para confirmar a adesão. O governo russo afirma que não enviou tropas para a Crimeia, além das que já possui normalmente na frota do mar Negro. A afirmação foi negada por uma autoridade ucraniana, que disse que a Rússia voltou a reforçar a presença militar na região. Segundo Vladislav Seleznyov, porta-voz das forças armadas ucranianas, testemunhas relataram que viram navios militares anfíbios descarregarem cerca de 200 veículos militares no leste da Crimeia, na sexta-feira à noite, após terem atravessado o Estreito de Kerch, que separa a região do território russo. A operação com veículos anfíbios parecia ser um dos maiores movimentos de forças militares russas desde a operação na Crimeia, há uma semana. Selenyov disse à Associated Press que as tropas não “tinham insígnias que os identificassem como russos, mas não temos nenhuma dúvida quanto à fidelidade das tropas”. Ainda neste sábado França e Estados Unidos alertaram a Rússia que, a menos que haja progresso em solucionar a crise ucraniana, o país deve enfrentar “novas providências” de nações ocidentais. O presidente da França, François Hollande, e o presidente dos EUA, Barack Obama, conversaram por telefone e exigiram que a Rússia retire as tropas enviadas à Crimeia e permita o envio de observadores internacionais, segundo comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu. *Matéria original Correio 24h:
Avião ucraniano de patrulha é atingido por tiros perto da Crimeia
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