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Caso Cesare Battisti: veja a cronologia do ex-ativista italiano

Ao ser preso, Battisti não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português. A prisão do italiano gerou grande repercussão internacional

Redação iBahia • 14/01/2019 às 17:04 • Atualizada em 31/08/2022 às 8:44 - há XX semanas

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O ex-ativista italiano Cesare Battisti chegou à Itália nesta segunda-feira , após ser capturado no sábado nas ruas de Santa Cruz de La Sierra , na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com italianos. Segundo um vídeo feito no momento da prisão, ele usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. Esse foi um dos disfarces que a Polícia Federal divulgou que poderia ser usado pelo italiano . Ao ser preso, Battisti não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português. A prisão do italiano gerou grande repercussão internacional .

Foto: REUTERS/Max Rossi

Relembre o caso:

Década de 70 - Battisti foi integrante do do grupo guerrilheiro Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), na Itália. Ele é acusado de participar de quatro assassinatos no país - de um joalheiro, um policial, um carcereiro e um militante. Os crimes teriam ocorrido entre 1977 e 1979.O ativista nega ter cometido os crimes.

1979 - Ele é preso em milão pela morte de um joalheiro.

1981 - Battisti escapa da prisão de Frosinone, perto de Roma, e foge para a França, onde viveu clandestinamente.

1982 - Foge para o méxico.

1987 - Ele foi condenado à revelia em seu país com pena de prisão perpétua.

1990 - Volta para a França cujo presidente François Mitterrand acolhe os ex-ativistas italianos sob a condição de que abandonassem a luta armada.

2004 - Battisti deixou a França após a revogação de sua condição de refugiado, vindo para o Brasil.

2007 - O italiano foi preso no Rio de Janeiro e cumpriu prisão preventiva para fins de extradição na penitenciária da Papuda, em Brasília até 2010. (ACERVO OGLOBO: Battisti fugiu para o Brasil em 2004)

Janeiro/2009 - Em janeiro, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu status de refugiado político a Battisti, baseado no "fundado temor de perseguição por opinião política", contrariando decisão do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

A decisão do governo brasileiro provocou uma crise diplomática com a Itália, que chegou a chamar de volta seu embaixador no Brasil para manifestar "surpresa e pesar" e discutir o caso.

Fevereiro/ 2009 - O STF negou pedido de liminar do governo italiano contra a decisão de conceder refúgio a Battisti.

Novembro de 2009 - Por cinco votos a quatro, o STF decidiu a favor da extradição de Battisti, mas deixou a decisão final para o presidente da República, ná época, Luiz Inácio Lula da Silva.

Votaram a favor da extradição os ministros Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto, Ellen Gracie e Gilmar Mendes, que acompanharam o relator Cezar Peluso. Os ministros Eros Grau, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia e Marco Aurélio Mello se opuseram à extradição do italiano. Os ministros José Antonio Dias Toffoli e Celso de Mello alegaram questões pessoais e não participaram da votação.

31 de dezembro de 2010 -
No último dia de seu mandato, Lula assinou parecer para mantém no Brasil o ex-ativista. O governo informou que Lula se baseou no parecer da Advocacia Geral da União (AGU), que diz que a decisão não representa afronta de um Estado ao outro, "uma vez que situações particulares ao indivíduo podem gerar riscos, a despeito do caráter democrático de ambos os Estados".

2011 -
A defesa de Battisti entrou com um pedido de liberdade, mas o governo italiano protestou e apelou à presidente Dilma Rousseff. O caso voltou ao Supremo que, desta vez, por 6 votos a 3, decidiu pela libertação do ex-ativista.

Junho de 2011 - Battisti deixa a Papuda e permaneceu no país, onde se tornou escritor.

2015 - A Justiça Federal do Distrito Federal determinou a deportação de Battisti. Ele voltou a ser preso pela Polícia Federal no município de Embu das Artes (SP), onde morava, para fins de deportação. No dia seguinte, porém, ele foi solto, após obter habeas corpus do desembargador Cândido Ribeiro, que argumentou que a prisão e a ordem de deportação feriam uma decisão do presidente da República, que só poderia ser alterada pelo STF.

Novembro de 2015 - O italiano teve um filho com a brasileira Joice Passos dos Santos com quem se casou no Brasil.

Outubro de 2017 -
Battisti é detido em Corumbá (MS), na fronteira do Brasil com a Bolívia. Segundo autoridades com acesso ao caso, o italiano tentava fugir para a Bolívia.

Dezembro de 2018 - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), manda prender Cesare Battisti. No dia seguinte da decisão, o então presidente Michel Temer autoriza a extradição do italiano.

Janeiro de 2019 - Battisti é preso na Bolívia e enviado diretamente para a Itália.

Leia mais:

Emmerson José comenta
Comentarista do iBahia do programa Fala Bahia, da rádio Bahia FM, Emmerson José comentou no vídeo abaixo o caso do italiano, condenado à prisão perpétua

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