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Cortar açúcar pode melhorar a saúde em nove dias, diz estudo

Conclusão é de um estudo feito a partir do monitoramento com crianças obesas

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27/10/2015 às 11:59 • Atualizada em 31/08/2022 às 9:02 - há XX semanas
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Uma alteração significativa no consumo de açúcar durante nove dias pode ter impactos diretos na saúde de uma pessoa. A conclusão é de um estudo feito a partir do monitoramento com crianças obesas. Após alterações em suas dietas, elas apresentaram redução da pressão arterial e dos índices de colesterol em menos de duas semanas. Segundo os cientistas, os impactos do açúcar no organismo ainda são muito subestimados pelas pessoas. Eles afirmam que o produto se mostrou metabolicamente prejudicial no estudo não apenas por causa de suas calorias, mas por causar alterações particulares no organismo humano. No experimento, realizado no hospital infantil da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA, foram monitoradas 43 crianças e jovens com idades entre 9 e 18 anos que tinham buscado atendimento no hospital por causa de seu peso e problemas de saúde relacionados a essa condição. Ao longo de nove dias, eles receberam alimentos preparados pela clínica e foram pesados diariamente. A adição de açúcar em suas dietas foi reduzida de 28% para 10% e a frutose - um tipo de açúcar considerado particularmente problemático - de 12% para 4% do total de calorias. Alimentos açucarados foram substituídos por alimentos ricos em amido, como cachorros-quentes, batatas fritas e pizza. Ao fim deste período, dizem os pesquisadores, a maioria dos aspectos da saúde metabólica dos pacientes melhorou. Eles presentaram pressão arterial mais adequada, o "mau" colesterol e os triglicérides caíram, enquanto os níveis de insulina foram reduzidos em um terço. Além disso, os resultados dos testes de funcionamento do fígado tiveram melhores resultados. O estudo foi conduzido pelo endocrinologista pediátrico americano Robert Lustig, autor do livro "Fat Chance: a verdade escondida sobre o açúcar" (em tradução livre) e publicado na revista “Obesity”. Contrapartida Alguns pesquisadores contestaram o resultado do estudo. " Os resultados não são convincentes para mim. É um estudo muito pequeno, e não foi estatisticamente bem controlado" - disse Naveed Sattar, professor de medicina metabólica na Universidade de Glasgow ao “The Guardian”. Tom Sanders, professor emérito de nutrição e dietética da Kings College London, também questionou os resultados, dado que o açúcar e o amido contêm aproximadamente a mesma quantidade de calorias por grama." É inconcebível que a substituição isocalórica de açúcar a partir de amido teria um efeito tão grande sobre o metabolismo. Na verdade, isso contradiz as leis básicas da termodinâmica". As informações são de O Globo.

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