Uma mulher da Califórnia, nos Estados Unidos, ganhou uma indenização de 70 milhões de dólares, o equivalente a R$ 219 milhões, após usar o talco para bebês da Johnson & Johnson por anos e ser diagnosticada com câncer de ovário em 2012. Este não é o primeiro caso de consumidor que ganha indenização milionária da empresa após o uso do talco ser atribuído a um câncer.
Segundo reportagem do “Metro”, Deborah Giannecchini, de 62 anos, usou o talco por mais de quatro décadas, até que foi diagnosticada com câncer de ovário. Ela passou por uma cirurgia, radioterapia e quimioterapia e tem uma chance de 80% de morrer nos próximos dois anos, segundo informaram seus advogados.
O processo acusa a empresa de “conduta negligente” na fabricação e comercialização do talco para bebês. O juiz aceitou o pedido de indenização e os jurados decidiram a favor da consumidora. A J&J foi condenada a pagar 65 milhões de dólares em danos punitivos e cerca de $ 2,5 milhões de dólares para despesas médicas, dor e sofrimento. Já a Talco América, fornecedor do talco, foi condenada a pagar 2,5 milhões de dólares em danos punitivos.
O advogado da vítima, Jim Onder, disse que ficou satisfeito com a vitória. “Eles, mais uma vez, reafirmaram a necessidade de Johnson & Johnson alertar o público sobre o risco de câncer no ovário associado ao produto”, disse o advogado.
Num comunicado enviado ao jornal “St. Louis Post-Dispatch”, a porta-voz da J&J, Carol Goodrich, disse que a empesa vai recorrer. “Nós nos solidarizamos com mulheres e as famílias afetadas por câncer de ovário. Vamos recorrer da decisão de hoje porque somos guiados pela ciência, que suporta a segurança do talco Johnson”, afirmou.
Segundo a publicação, dois processos como esses levaram a indenizações de 127 milhões de dólares e mais de 2 mil mulheres entraram com ações semelhantes nos Estados Unidos.
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Redação iBahia
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