Escola americana instala sistema de segurança contra tiroteio

Após onda de tiroteios, uma escola do Estado americano de Massachusetts adotou um sistema de segurança diferenciado. O sistema tem como função alertar autoridades e administradores quando tiros são disparados dentro do edifício, o primeiro do tipo nos Estados Unidos, de acordo o fabricante. A tecnologia é adaptada de um sistema usado pelo Exército em zonas de guerra, e está sendo divulgada em escolas e outros locais públicos dos EUA. Na última terça-feira (11), autoridades da cidade de Methuen, que fica a 48 quilômetros ao norte de Boston, realizaram uma demonstração do "Sistema Ativo de Detecção de Atiradores Guardião", quando a escola foi fechada para o feriado do Dia dos Veteranos, reporta a CNN. Na demonstração, foram disparadas balas de festim nos corredores da instituição. Após os disparos, a polícia coordenou uma reação por rádio, e a plateia pôde assistir como funciona o sistema, que mostra círculos detalhando os disparos. A congressista democrata por Massachusetts, Niki Tsongas,que estava na plateia discursou, "É responsabilidade de todos nós fazer com que nossas escolas sejam santuários de aprendizado". As escolas americanas reforçaram a segurança nas últimas décadas, instalando detectores de metal e sistemas de vigilância para conter um surto de tiroteios. Em 1999, em Columbine, no Colorado, dois jovens assassinaram treze colegas e em seguida se mataram. Em Newtown, no Estado de Connecticut, um atirador matou vinte estudantes de primeiro grau e seis adultos na escola de Sandy Hook, em 2012. O professor de criminologia da Universidade Northeastern, James Alan Fox, disse que um sistema como o de Methuen pode levar a menos ferimentos e talvez salvar vidas. Christian Connors, diretor-executivo da Shooter Detection Systems, criadora do dispositivo, afirmou que o sistema é o primeiro do tipo no país e que a empresa está conversando com o governo federal sobre a ampliação do seu uso. O sistema custa entre 50.000 e 100.000 dólares (entre 120.000 e 240.000 reais) para uma escola do tamanho da de Methuen, afirmou Connors. O dispositivo dispõe de um sistema acústico externo e entre 50 e 60 sensores como os usados para detectar fumaça instalados em corredores e salas de aula, além de câmeras de infravermelho para detectar a luz dos disparos. A tecnologia foi desenvolvida com a Agência de Projetos Avançados de Pesquisa de Defesa (Darpa, na sigla em inglês), uma divisão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e com a empresa privada Raytheon, que empregou sistemas semelhantes no Iraque e no Afeganistão.