Este é o segundo caso de violência transmitido ao vivo pela rede social que a polícia de Chicago investiga. Em janeiro, quatro pessoas foram presas após agredirem e torturarem um homem com deficiência mental, e transmitirem as imagens ao vivo também pelo Facebook.
De acordo com o porta-voz da polícia local, Anthony Guglielmi, o caso da adolescente foi comunicado pela mãe da jovem ao superintendente Eddie Johnson, na tarde de segunda-feira. Ela disse que sua filha estava desaparecida desde domingo e mostrou as imagens do estupro. Imediatamente, uma investigação foi aberta e foi feito um pedido para que o Facebook retirasse as imagens do ar, o que já aconteceu.
A jovem foi localizada pela polícia e reunida com a família, após passar por tratamentos médicos. Segundo Guglielmi, a garota disse aos detetives que ela conhece ao menos um dos supostos agressores. Desde então, os investigadores iniciaram a coleta de depoimentos, mas ninguém foi preso.
Por que ninguém avisou à polícia?
Segundo Guglielmi, o superintendente Johnson ficou “visivelmente chateado” após ver o vídeo. Tanto pelas imagens, como por saber que “40 pessoas assistiram ao vivo e ninguém chamou as autoridades”.
Para identificar as pessoas que assistiram, os investigadores precisam intimar o Facebook, mas seria preciso “provar um nexo com a atividade criminal” para obter tal intimação.
Jeffrey Urdangen, professor de Direito na Universidade Northwestern, afirmou que não é ilegal assistir a vídeos como esse e não reportar à polícia. O caso também não se enquadra no crime de pedofilia, a não ser que as pessoas que assistiram tenham feito o download das imagens.
A porta-voz do Facebook, Andrea Saul, não fez comentários específicos sobre o incidente em Chicago, mas defendeu que a companhia assume sua “responsabilidade para manter as pessoas seguras no Facebook”. “Crimes como esse são horríveis e nós não permitimos esse tipo de conteúdo no Facebook”, disse Andrea à Associated Press.
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Redação iBahia
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