O Facebook anunciou nesta sexta-feira (13) que vai adicionar uma função para criptografar chamadas de áudio e vídeo no Messenger, aumentando a privacidade de seus usuários. O anúncio aconteceu em meio ao debate sobre os limites entre o sigilo das redes sociais e os imperativos de segurança pública, relacionados - entre outros - à pedofilia.
Os usuários de mensagens instantâneas poderão escolher a criptografia "ponta a ponta" para criptografar as conversas entre dois dispositivos. "Isso significa que ninguém, nem mesmo o Facebook, pode ver ou ouvir o que está sendo enviado ou dito" nessas conversas, disse o grupo californiano em um comunicado.
Já era o caso no WhatsApp, rede de mensagem comprada pelo Facebook, assim como em outros aplicativos populares como Zoom, Signal ou FaceTime da Apple. Mas muitos governos rejeitam essa camada extra de segurança em nome da luta contra a pedofilia ou o terrorismo.
Eles querem que as plataformas integrem "portas dos fundos" em seus programas para que os tribunais possam recuperar mensagens e fotos no contexto de investigações criminais. A Apple acaba de fazer concessões nesse sentido, para surpresa do setor de tecnologia, já que a fabricante do iPhone tem fama de defensora do respeito à privacidade.
"A Apple substitui seu sistema de mensagens criptografadas de ponta a ponta por uma infraestrutura de vigilância e censura que será vulnerável a abusos e desvios, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo", disse Greg Nojeim, do Center for Democracy and Technology (CDT), em uma mensagem transmitida à AFP.
O Facebook regularmente tenta desafiar seu vizinho do Vale do Silício quanto à privacidade, já que a rede social precisa recuperar a confiança após vários escândalos de violação de dados
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Redação iBahia
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