Quando você assiste a um filme violento, sabe que é tudo ficção e que não está correndo perigo. Mas talvez você deva avisar o seu cérebro. Um estudo apresentado nesta quinta-feira (24) na revista “Science” afirma que ver cenas violentas coloca o cérebro em “modo de sobrevivência”, acionando regiões ligadas à atenção e à preparação para a fuga ou a luta. Os cientistas já sabiam que situações de estresse cotidiano, por exemplo, no trabalho, são capazes de acionar essas áreas do cérebro, que liberam os chamados “hormônios do estresse” no organismo. Esse mecanismo é importante para nossa sobrevivência quando estamos em perigo: a nossa atenção melhora, os batimentos cardíacos aceleram, a capacidade pulmonar aumenta e nos tornamos mais propensos a tomar decisões rápidas. Tudo isso permite que possamos lutar por nossas vidas. Mas nosso corpo não foi feito para uma exposição prolongada a esses hormônios. Estresse demais causa problemas cardíacos, cognitivos e emocionais. Agora, a equipe do cientista holandês Erno Hermans, usou filmes violentos e não-violentos para avaliar o que acontece no cérebro quando os assistimos. Durante as cenas de violência, eles encontraram os sintomas característicos da resposta ao estresse. Análises da saliva descobriram que o hormônio neuroadrenalina, secretado nesses momentos, também estava presente.
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