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Israel pede desculpa após chamar Brasil de 'anão'

Após telefonema, presidentes do Brasil e Israel conversaram ainda sobre a grave situação atual na Faixa de Gaza

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12/08/2014 às 12:17 • Atualizada em 01/09/2022 às 16:58 - há XX semanas
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O presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou na tarde de segunda-feira (12) para a presidente Dilma Rousseff para lhe pedir desculpas pelas declarações dadas pelo porta-voz da chancelaria, Yigal Palmor. Em julho, ele classificou o Brasil de "anão diplomático" e disse que o País estava se transformando em "um parceiro diplomático irrelevante, que cria problemas em vez de contribuir para soluções". Em resposta às afirmações, o Brasil chamou de volta ao país, para consultas, o embaixador em Tel Aviv, Henrique Sardinha Filho, o que causou irritação ao governo israelense que disse ter ficado "desapontado" com a atitude do governo brasileiro. Segundo nota sobre o telefonema distribuída pelo Palácio do Planalto, "o chefe de Estado israelense apresentou desculpas pelas recentes declarações do porta-voz de sua Chancelaria em relação ao Brasil" e "esclareceu que as expressões usadas por esse funcionário não correspondem aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil". Os dois presidentes conversaram ainda sobre a grave situação atual na Faixa de Gaza, segundo a nota do Planalto. Dilma afirmou que o governo brasileiro "condenará e condena ataques a Israel, mas que condena, igualmente, o uso desproporcional da força em Gaza, que levou à morte centenas de civis, especialmente mulheres e crianças".
O presidente de Israel, por sua vez, também de acordo com informação do Planalto, destacou que seu país estava defendendo-se dos ataques com mísseis que seu território vinha sofrendo.Na conversa com o presidente israelense, Dilma disse que tem "esperança de que a continuidade do cessar-fogo e as negociações atuais entre as partes possam contribuir para uma solução definitiva de paz na região".Para Dilma, ainda conforme informou o Planalto, "a crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos".Dilma lembrou ainda os "laços históricos que unem os dois países há várias décadas".Na semana passada, o Brasil já havia decidido que o embaixador do Brasil em Israel, Henrique Sardinha, deveria retornar nos próximos dias a Tel Aviv. Com informações da Revista Exame."Anão Diplomático"No dia 24 de julho, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, voltou a comentar as declarações do governo brasileiro criticando a ofensiva israelense em Gaza. Em entrevista ao Jornal Nacional, ele falou ironizou o "uso proporcional" citado pelo governo brasileiro e fez referência à derrota sofrida pelo Brasil para a Alemanha na semifinal da Copa por 7 a 1.
O governo do Brasil divulgou nota na quarta classificando o aumento da violência na Faixa de Gaza como "inaceitável" e informando que vai convocar o embaixador em Tel Aviv "para consulta". Nesta quinta, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual Yigal Palmor questiona a retirada do embaixador e chama o Brasil de "anão diplomático".
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles.
Palmor disse ainda que desproporcional seria deixar "centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel". Até esta quarta, pelo menos 644 palestinos e 31 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram em duas semanas de ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.

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