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Jovem ganha indenização após ser arrastada com corda no pescoço

Garota ficou com séria queimadura por conta da agressão sofrida durante um passeio da escola

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Redação iBahia

02/11/2018 às 9:27 • Atualizada em 01/09/2022 às 1:30 - há XX semanas
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Uma escola particular no Texas foi condenada a pagar US$ 68 mil — o equivalente a mais de R$ 250 mil — em danos à família de uma menina negra de 15 anos que sofreu uma queimadura grave em volta do pescoço durante um passeio escolar, há dois anos.

Em 2016, a família da garota processou a escola da cidade de Waco depois que a menina acusou três colegas brancas de envolverem uma corda em volta de seu pescoço e arrastá-la pelo chão. Argumentando que a lesão foi resultado de intimidação racista, o advogado da família pediu US$ 5,3 milhões por danos morais. A escola sustentou que a lesão foi um acidente.

Foto: reprodução

A garota, identificada apenas como KP em documentos judiciais, tinha 12 anos na época e frequentava a Live Oak Classical School, em Waco, quando fez uma viagem escolar de fim de ano para Johnson City, no Texas. Após seu retorno, sua mãe, Sandy Rougely, viu o ferimento de sua filha e descobriu que ele havia sido causado por uma corda, disse Rougely em uma entrevista em 2016.

— Isso me deixou em pedaços — contou a mãe, na época. — Parecia que alguém arrancou o pescoço da minha filha e costurou de novo.

De acordo com o processo judicial, o episódio ocorreu em um balanço que estava pendurado em uma árvore e tinha uma corda separada usada para puxá-lo para cima. A garota relatou que estava de pé ao lado do balanço quando sentiu a corda ao redor de seu pescoço, violentamente empurrando-a para o chão.

A menina também disse que seus colegas de classe a intimidaram antes da viagem da escola, de acordo com o processo.

O advogado da família, Levi G McCathern, afirmou que o caso resultou da falha da escola em notificar os pais da menina após o episódio.

— Se fosse uma garotinha branca, eles teriam falado ao telefone com a mãe dentro de uma hora — afirmou o advogado ao "New York Times".

David Deaconson, o advogado da escola, rejeitou a afirmação de que a lesão da menina foi resultado de bullying e que a reação da escola tinha algo a ver com racismo. Ele disse que a escola reconheceu que errou ao não ligar para a mãe da menina depois que sua filha foi ferida e por não ter um acompanhante com as crianças brincando no balanço.

Deaconson descreveu a cena da seguinte maneira: várias crianças puxavam a corda para levantar o balanço, e quando soltaram, ele disse, a corda açoitou a garota e bateu no pescoço dela.

Na última quarta-feira, o júri do tribunal ordenou que a escola pagasse US$ 55 mil pela dor física e pela angústia mental da menina, US$ 10 mil pela desfiguração sofrida durante o episódio e US$ 3 mil por despesas médicas. O veredicto não foi unânime; um jurado discordou, mas os documentos do tribunal não disseram o motivo.

Apesar de seus diferentes relatos do episódio, as partes de ambos os lados do caso se mostraram pelo menos um pouco satisfeitas com o veredicto do júri.

McCathern disse que, embora o júri não tenha determinado que a escola foi culpada de negligência grosseira, como a estudante e sua família desejavam, eles ficaram satisfeitos pelo fato de os jurados terem atribuído alguma responsabilidade ao colégio pelo que aconteceu. O dano físico que a menina sofreu foi pequeno, disse McCathern, mas a indenização foi pedida como forma de repúdio simbólico ao bullying.

— Nós solicitamos que concedessem danos simbólicos para demonstrar o fato de que o povo do estado do Texas não vai tolerar isso (bullying) — afirmou o advogado.

Segundo ele, a garota agora está sendo educada em casa.

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