Um estudo realizado pela ONG Disability Rights Internacional revelou que as mães quenianas são pressionadas a matar seus filhos que nascem com deficiência. No Quênia, deficientes são considerados "enfeitiçados", "amaldiçoados" e "possuídos" conforme as antigas tradições e crenças.
De acordo com a pesquisa, 45% das mães entrevistadas foram pressionadas a matar seus filhos deficientes "por amor". Em entrevista a BBC, a queniana Florence Kipchumba contou que se fosse pela pressão de amigos e familiares teria matado seu filho Meshack. A criança nasceu com a coluna vertebral frágil e sem o controle da cabeça.
Kipchumba tentou morar com uma amiga que lhe ofereceu abrigo, mas ela também sugeriu que matasse o bebê. “Ela me pediu para colocar ácido em sua comida para que ele morresse, mas eu me recusei e saí da casa dela", contou.
Atualmente, o pequeno Meshack tem oito anos e consegue sentar e caminhar curtas distâncias.
A prática do infanticídio tem relação com a crença de que as mães com filhos deficientes estavam sendo punidas por seus pecados.
A ONG Disability Rights Internacional também constatou que no país existe cerca de 3.500 crianças com deficiência em orfanatos. São cerca de 11 crianças abandonadas por semana e 30 por mês.
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Redação iBahia
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