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OMS alerta para epidemia de tuberculose oculta entre crianças

A organização lembra o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose neste sábado (24)

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24/03/2012 às 22:36 • Atualizada em 14/09/2022 às 1:52 - há XX semanas
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Crianças de até 15 anos com tuberculose frequentemente não são diagnosticadas por duas razões: falta de acesso a serviços de saúde ou falta de preparo dos profissionais para reconhecer sinais e sintomas da doença entre pessoas desse grupo. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) que lembra neste sábado (24) o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. A entidade ressaltou que foram feitos progressos no combate à doença – o total de mortes registradas caiu 40% em relação a 1990. Ainda assim, a tuberculose entre crianças configura, segundo a OMS, uma epidemia oculta na maioria dos países. Ao todo, 200 crianças morrem todos os dias em razão da tuberculose – ainda que o custo para prevenir a doença seja US$ 0,03 por dia e o custo do tratamento para curar a doença seja US$ 0,50 por dia. A estimativa é que pelo menos 500 mil bebês e crianças sofram com a doença todos os anos, enquanto 70 mil morram. Crianças menores de 3 anos e as que enfrentam desnutrição severa e que têm o sistema imunológico comprometido apresentam maior risco de desenvolver tuberculose. “Com melhor treinamento e harmonização dos diferentes programas que promovem serviços de saúde para crianças, agravamentos de quadro e mortes provocadas pela tuberculose podem ser prevenidos em milhares de crianças todos os anos”, informou a OMS. A maioria das famílias vulneráveis à tuberculose, segundo a entidade, vive na pobreza e sabe pouco a respeito da doença e sobre como conseguir tratamento. Quando um adulto é diagnosticado com tuberculose, por exemplo, não são feitos esforços para checar se alguma criança que convive com aquela pessoa também foi infectada. A única vacina capaz de prevenir formas graves de tuberculose é a chamada BCG (bacilo de Calmette e Guérin), aplicada em crianças e adultos sob a forma de injeção intradérmica. O sinal mais comum da tuberculose é a tosse seca e contínua por mais de três semanas. A transmissão é de pessoa para pessoa, quando o doente fala, espirra ou tosse. De acordo com o Ministério da Saúde, somente de 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch desenvolvem a doença. Na próxima segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, apresentam o balanço do número de casos de tuberculose no Brasil nos últimos anos. Na ocasião, também será apresentada a nova campanha para conscientizar a população sobre os cuidados e o tratamento para o enfrentamento à doença.

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