Quando o ator paquistanês Kumail Nanjiani e sua mulher americana, Emily Gordon, escreveram um filme sobre as circunstâncias surreais do que os uniram, eles não esperavam que a história fosse colocada sob uma perspectiva política.
“The big sick” (ainda sem tradução para o Brasil) mostra o conflito cultural de um comediante paquistanês muçulmano em um Estados Unidos pós-11 de setembro. Para complicar ainda mais sua situação, ele se apaixona pela então estudante Gordon, interpretada pela atriz Zoe Kazan, e vai contra o desejo de sua família de casar com uma paquistanesa.
Ainda sem data de estreia no Brasil, o filme vai ser lançado nesta sexta-feira em alguns pontos do EUA e sai num momento em que muitas ideias islamofóbicas ganham força, conta Nanjiani, o primeiro paquistanês como protagonista de uma comédia romântica de Hollywood.
“Mostrar uma família muçulmana como pessoas normais é um grande posicionamento político”, afirma o ator.
Mais conhecido por seu papel como o programado Dinesh em “Silicon valley”, Nanjani não esperava que o filme ganhasse tanta repercussão. Sites especializados, como o "IndieWire", já o colocam como um possível candidato ao Oscar 2018 e no "Rotten Tomatoes" a aprovação dos críticos está em impressionantes 100%.
“É óbvio que o timing do lançamento foi oportuno devido aos recentes acontecimentos, mas ele ganhou essa expectativa de algo para qual não foi feito. Na verdade, é só uma história de amor”.
Nesse ano, o presidente americano, Donald Trump, implantou um veto migratório cidadãos e refugiados de países de maioria muçulmana, que foi barrado depois pela Corte dos EUA.
No filme, a família de Nanjiani vai contra a decisão do ator de ser comediante e tentar arranjá-lo em um casamento com uma mulher que também seja paquistanesa. Enquanto isso, Nanjiani namora a inteligente e nerd Emily Gordon.
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Redação iBahia
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