A Susento, uma startup sul-africana parcialmente controlada pela Universidade Stellenbosch, desenvolveu uma tecnologia capaz de produzir proteína em pó de alta qualidade a partir de larvas de insetos. O produto pode ser consumida tanto por seres humanos quanto animais. As informações são do UOL.
Os pesquisadores garantem que é uma opção alimentar mais sustentável e igualmente rica em proteína como carne e soja. "É necessária uma quantidade significativamente menor de terra para criar insetos. Além disso, pode-se produzir 7.000 vezes mais proteína por hectare do que com a soja, que é a fonte de proteína mais usada no mundo mas não é sustentável", explica Michael Woods, co-fundador e executivo-chefe da startup.
A matéria-prima do "novo whey" é larvas da mosca soldado negra, um inseto que não voa, não transmite doenças e não prejudica à saúde. Elas se alimentam de resíduos orgânicos.
A ideia é criar essas moscas como subprodutos agrícolas como grãos usados pelos fabricantes de cerveja e polpa de frutas da indústria de sucos. A produção do pó é feita através de uma tecnologia de fracionamento que usa hidrólise, quebra de molécula pela ação da água, e enzimas para separar os componentes principalmente das larvas (gordura, proteína e quitina).
Segundo Elsje Pieterse, professora do Departamento de Ciências Animais da universidade e coproprietária da Susento, o pó proteico produzido depois desse processo não tem gosto ou cheiro e pode ser usado em alimentos salgados ou doces, como chocolate.
Atualmente, cerca de três toneladas mensais do pó proteico na fazenda experimental da universidade em Mariendahl, nos arredores de Stellenbosch, principalmente para uso em ração para animais de estimação. A expectativa é que se consiga produzir 30 toneladas do produto por mês.
O executivo-chefe da startup, Michael Woods, explicou que estão em negociação com uma empresa americana de insetos comestíveis para garantir uma escala maior de produção.
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Redação iBahia
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