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Após derrota, Haddad promete se reconectar às bases e aos pobres

Relembrando um trecho do hino nacional, petista disse que 'um professor não foge à luta'

Redação iBahia • 28/10/2018 às 21:25 • Atualizada em 30/08/2022 às 13:37 - há XX semanas

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Pouco menos de duas horas após Jair Bolsonaro (PSL) ter se tornado presidente do Brasil, o segundo colocado na eleição, Fernando Haddad (PT), fez um discurso no qual disse que ele não desistirá de defender seus ideais, lutará para manter as instituições e se reconectará com as bases e os pobres do país. A fala de Haddad, de voltar a se encontrar com a população, veio após o rapper Mano Brown ter criticado as falhas na comunicação com o "povão".

Antes mesmo de começar sua fala, o público fez um minuto de silêncio em memória àqueles que morreram durante a campanha eleitoral, como o mestre de capoeira baiano, conhecido como Moa do Katende e morto com 12 facadas após discussão política , e o cearense Charlione Lessa Albuquerque, assassinado enquanto acompanhava uma carreata de apoiadores de Haddad. A vereadora Marielle Franco também foi lembrada na homenagem.

Haddad iniciou seu pronunciamento agradecendo a família, os apoiadores e todos os 45 milhões de eleitores. O petista reforçou o valor da coragem, que aprendeu com seus antepassados e que o motiva a seguir na luta política.

— Em primeiro lugar, gostaria de agradecer meus antepassados. Aprendi com eles o valor da coragem para defender a justiça a qualquer preço. Meus pais a memória dos meus avós me ensinaram que a coragem é fundamental — relembrou Haddad.

O segundo colocado nas eleições presidenciais de 2018 pontuou que nos últimos dias viu a festa da democracia tomar as ruas. Ele contou que viu muitos apoiadores à sua candidatura, muitos nem sendo ligados a partido político ou algum tipo de associação. Haddad pontuou, entretanto, que o período pede conscientização porque, em sua avaliação, "tem muita coisa em jogo".

Direitos básicos em jogo
Ele relembrou o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e a prisão do ex-presidente Lula, episódio que ele classificou como injusto.

— Estamos vivendo um longo período no qual as instituições estão sendo colocadas à prova a todo o instante. A começar em 2016, com o afastamento de Dilma, depois com a prisão injusta do presidente Lula. Mesmo assim, seguimos de cabeça erguida, com determinação e coragem, para levar nossa mensagem aos rincões do país — exclamou o candidato.

Ele foi além, e pontuou que direitos básicos, como civis, políticos e sociais estão em jogo. Haddad explicou que, a partir de agora, ele e os seus apoiadores têm uma tarefa muito maior.

— Em nome da democracia, temos de defender o pensamento e a liberdade dos 45 milhões que nos acompanharam. Temos a responsabilidade de fazer oposição e de colocar o povo brasileiro acima de tudo — bradou Haddad, que em momento algum citou o nome do opositor Bolsonaro.

Relembrando um trecho do hino nacional, o ex-prefeito de São Paulo deu uma indicação de como será sua atuação a partir do próximo ano.

— Verás que um professor não foge à luta — cantou Haddad. — Vamos continuar nossa caminhada, conversando e nos reconectando com a nossa base, com os pobres desse país, para tecer novamente um programa de nação que há de sensibilizar esse país.

O petista, ao fim de sua fala, pediu que a população não tenha medo.

— Senti uma angústia e um medo na expressão de muitas pessoas, que ficaram abaladas de tanto chorar. Não tenham medo, estaremos aqui. Não abandonaremos a causa de vocês — finalizou Haddad.

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