A campanha do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) defende que o capitão reformado do exército participe apenas dos dois últimos debates da TV neste segundo turno. Os confrontos contra Fernando Haddad, do PT, aconteceriam apenas na Record TV, no dia 21, e da TV Globo, dia 26. Ainda existe uma negociação para que a Band adie seu debate, marcado inicialmente para esta quinta, para a próxima semana. Há também encontros marcados na Gazeta, RedeTV! e SBT. A equipe de Bolsonaro não se manifestou oficialmente.
Nesta quarta-feira, Bolsonaro recebeu a visita da equipe médica em sua casa. De acordo com o cirurgião Antonio Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Echenique, o capitão reformado do exército só deve ser liberado para atividades de campanha a partir da próxima semana, passará por uma nova avaliação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Apesar de estar com anemia e precisar recuperar massa muscular após perder 15 quilos, o estado de saúde dele é considerado estável e fora de risco.
— Na quinta que vem ele vai nos procurar para uma avaliação no Einstein e, com certeza, vamos libera-lo para tudo que for necessário — disse Macedo.
O cirurgião afirmou não saber sobre a participação de Bolsonaro nos debates, mas ponderou que "aguentar três horas falando não é fácil.
— Ele tem desejo de participar realmente, mas no momento, perante essa avaliação que fizemos aqui. Consideramos que não é momento ideal para ele voltar às atividades.
O médico comentou as críticas que vem recebendo por não liberar Bolsonaro para a campanha. Segundo ele, a sua decisão é médica e não política.
— O pessoal chegou até conjecturar que eu estava dando laudos falsos dizendo que (Bolsonaro) estava muito doente e não estava. Sempre dei laudo absolutamente verdadeiro. Tomamos cuidado com o cliente. Não temos nada a ver com o aspecto político, temos a ver com o aspecto clínico
A previsão é que Bolsonaro passe por uma terceira cirurgia em dezembro, quando se completará três meses da operação de emergência realizada no Einstein, para a retirada da bolsa de colostomia. O procedimento é considerado simples. Caberá ao candidato decidir a data, se fará antes ou depois de uma eventual posse caso seja eleito.
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Redação iBahia
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