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Confira as 7 habilidades dos executivos do futuro

A incerteza do cenário econômico atual não deve fazer com que um bom profissional descuide de suas ambições futuras

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20/06/2015 às 22:40 • Atualizada em 28/08/2022 às 20:43 - há XX semanas
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Em meio à incerteza da economia e quando tudo parece pouco sólido, pode parecer um exercício infundado fazer planos de carreira. No entanto, o cenário atual não deve fazer com que um profissional descuide de suas ambições futuras.Assim como as empresas, que usam sua visão de longo prazo como um caminho a ser seguido e fazem ajustes durante o percurso, todos devem procurar se ajustar. No caso de quem busca ascensão profissional, isso significa analisar quais serão as competências mais importantes para alcançar o topo e desenvolvê-las com o tempo.Um estudo da CTPartners, empresa de recrutamento executivo, feito com companhias de 24 países, inclusive o Brasil, analisa quais serão as habilidades mais importantes dos líderes daqui a cinco anos, em 2020. Trata-se de um prazo bom, não muito distante e improvável, nem tão próximo a ponto de ser inviá­vel. Sete executivos brasileiros que ocupam, hoje, os principais cargos de suas empresas contaram à VOCÊ  S/A o que fazer para chegar onde estão.
Presidente: um bom ouvinte O presidente do futuro é um excelente comunicador e ouvinte. Sua liderança será baseada em conhecimento, intuição e conselhos de colegas. O resultado será um líder que transmite propósito e humildade. Três das principais competências incluem ser um cidadão global, transitar entre diversas culturas e cenários econômicos e adaptar-se a eles, calculando riscos, abraçando mudanças e questionando os modelos de negócios atuais. Agir como um embaixador da companhia, sendo acessível e visível aos funcionários e personificando os valores e as qualidades da empresa e de seus produtos para os clientes. E, finalmente, saber atrair, engajar e inspirar profissionais jovens. O conselho de Sergio Quiroga, 47 anos, presidente da Ericsson para América Latina e Caribe é que "além de todas as características que um líder de hoje já precisa ter, o presidente do futuro será avaliado por sua habilidade de se transformar e levar a empresa nesse caminho da mudança. A única certeza que temos é que, daqui a dez anos, o principal produto — ou serviço — das empresas não será o mesmo que é hoje".
Presidente do conselho: o influenciador O presidente do conselho será o responsável por garantir a diversidade de ideias e a transparência nas contas da empresa. A função não será mais um cargo para executivos aposentados. Três das principais competências incluem estar conectado já que ele precisará saber o que de mais novo tem sido feito no mundo e os efeitos para a indústria em que atua. Respeitar e incentivar o debate de ideias diferentes e, por fim, ser transparente, ético e não ter nada a esconder. A dica de Sergio Rial, 54 anos, presidente do conselho administrativo do Santander, é que "a qualidade de um debate no conselho está diretamente relacionada com a qualidade e a diversidade da experiência dos conselheiros. O papel do presidente é extrair o melhor de cada um, harmonizando e incentivando esse conflito permanente".
Diretora de marketing: vidente de vendas A função de um diretor de marketing não estará mais restrita a fazer um produto atraente e a pensar em oferta e procura. Ele será o responsável também por usar dados dos consumidores e da marca para prever o que o cliente vai desejar amanhã. Três das principais competências incluem identificar e atrair consumidores com experiências personalizadas usando informações coletadas dos clientes e dos canais digitais. Entender e usar o big data para transformar os dados em vantagem competitiva, trabalhando cada vez mais próximo da área de tecnologia da informação. E, finalmente, desenvolver uma narrativa autêntica para a empresa em que trabalha.O conselho de Gabriela Onofre, 41 anos, diretora de marketing e comunicação da P&G, é o seguinte: "Um executivo de marketing precisa ter capacidade de liderança, de se adaptar e de entender dados. Esta última é particularmente importante porque, ao compreender o mercado, você conseguirá fazer escolhas rapidamente e mudar de rumo no meio do processo se a resposta do consumidor não for boa."
Diretor de RH: orientador estratégico O diretor de recursos humanos será o responsável por aconselhar não só o presidente mas também todo o nível executivo sobre como atingir os objetivos da companhia usando o recurso mais poderoso: as pessoas. Três das principais competências incluem aprender a utilizar análises e dados para criar recomendações estratégicas de seleção e gestão de talento voltadas para o alto desempenho. Ter uma perspectiva global e multicultural para entender, atrair, cultivar e inspirar funcionários no mundo todo. E, por fim, construir um ambiente interno no qual possam ser identificados os mesmos valores, mas que também valorize as diferenças. De acordo com Rogério Bragherolli, 52 anos, diretor executivo de RH da Sodexo, "o grande desafio da área é conseguir transformar aquele belo planejamento em prática. É preciso entender do negócio e converter todo esse conhecimento que temos em forma de número em ações efetivas, para desenvolver as pessoas e criar uma cultura de sucesso e alto desempenho".
Diretora jurídica: atacante Acostumado a defender os interesses da empresa e a gerenciar riscos, esse executivo precisará entender as regras do setor e dos países em que a empresa atua para conduzir a companhia dentro da lei. Três das principais competências incluem traduzir o universo jurídico a favor do negócio, explicando cenários complexos e dando opções claras aos líderes. Gerenciar não só o risco legal mas também a reputação da empresa, aproximando-se da mídia, do governo e dos acionistas. Tudo isso sem esquecer de dirigir e criar novos processos, estruturas e sistemas para diminuir custos com despesas legais. A dica de Carla Andrea Coelho, 45 anos, diretora jurídica da Gol, é "conhecer a operação é fundamental, mas não significa saber tudo. É importante estar cercado de pessoas que tragam pontos de vista e conhecimentos diferentes. Devemos nos adaptar aos colegas que não são advogados, evitando escrever e-mails cheios de palavras rebuscadas".
Diretor financeiro: o escudeiro fiel O principal papel do diretor financeiro é ser o es­cudo do presidente, da diretoria e do conselho. É o responsável pelas estratégias e práticas que aumentam o desempenho da empresa. Cuida de identificar e gerenciar riscos, de reduzir custos e zela pelos assuntos de governança. Três das principais competências incluem liderar e gerenciar o time de finanças, contratando, escolhendo e preparando sucessores e mantendo o alto desempenho. Conquistar a confiança de investidores, demonstrando integridade pessoal, agindo de maneira transparente e determinando padrões éticos altos. É importante também participar do crescimento da empresa, tanto nos resultados orgânicos como por meio de fusões e aquisições. Uma lição de Tiago Azevedo, 34 anos, diretor de finanças da Unilever, é que "é preciso capturar perspectivas diferentes e procurar oportunidades de negócio para a empresa. Um líder financeiro atrás de uma mesa fazendo planilhas não vai ser suficiente. Ele não pode deixar os números de lado, mas precisa entrar no negócio."
Diretor de TI: criador de vantagensO diretor de TI será o responsável por criar, por meio de base de dados, uma vantagem competitiva para a empresa. Também terá a missão de defender, antecipar, prevenir e responder ataques virtuais sofisticados e de alto risco para o negócio. Três das principais competências incluem liderar a compilação e a análise de informações, separando as que realmente interessam para cada área, conforme demandado. Conhecer quais são os riscos operacionais dos sistemas e proteger os dados e a propriedade intelectual da companhia. E finalmente, é importante também entrar mais no negócio para entender quais são as demandas e entregar soluções personalizadas e direcionadas para cada área. O conselho de Jorge Cordenonsi, 49 anos, CIO para América Latina da GM, é dividido em várias habilidades. Segundo ele, há cinco habilidades fundamentais: "1. ser bom comunicador para explicar a tecnologia em desenvolvimento; 2. administrar pessoas; 3. tirar um tempo para mergulhar no negócio; 4. conhecer e se interessar pelas tendências tecnológicas; e 5. entender que o executivo de TI é um agente de mudança e inovação."

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